Cientistas identificam 3 fatores de risco para doença hepática mortal, que afeta 1 entre 5 pessoas
Estudo revela que pressão alta, diabetes tipo 2 e baixos níveis de "colesterol bom" aumentam drasticamente o risco de morte por MASLD
Pressão alta, diabetes tipo 2 e baixos níveis de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) — o chamado "colesterol bom" — aumentam drasticamente o risco de morte por doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD). Essa condição ocorre quando o excesso de gordura se acumula dentro do fígado e acredita-se que esteja aumentando no mundo todo devido ao excesso de peso, sedentarismo e hábitos ruins de alimentação.
No estudo publicado na revista científica Clinical Gastroenterology, os pesquisadores analisaram os registros médicos de mais de 134 mil pessoas entre 1988 e 2018. Destes, 21.872 voluntários tinham MASLD e pelo menos um fator de risco cardiometabólico, como obesidade ou pressão alta.
Após considerar fatores que poderiam distorcer os resultados, como idade e sexo, os resultados mostraram que pressão alta, diabetes tipo 2 e colesterol HDL baixo eram os três fatores de risco cardiometabólico associados ao maior risco de morte por MASLD — aumentando esse risco em 40, 25 e 15%, respectivamente.
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Eles também descobriram que cada fator de risco metabólico adicional aumentava o risco de morte em pacientes com MASLD em 15%. E afirmam que os médicos deveriam considerar "priorizar" pacientes com MASLD com fatores de risco cardiometabólico.
"A MASLD é uma doença complexa, e este estudo lança uma nova luz sobre onde os médicos podem querer concentrar seus esforços ao tratar pacientes. Saber quais aspectos da MASLD podem levar a desfechos mais desfavoráveis pode nos ajudar a oferecer aos pacientes o melhor atendimento possível.", diz a médica Norah Terrault, hepatologista da Universidade do Sul da Califórnia e coautora do estudo, em comunicado.
Se antes a doença hepática era amplamente restrita a idosos e grandes consumidores de álcool, agora está aumentando rapidamente entre adultos mais jovens. Os casos em crianças dobraram nas últimas duas décadas.

