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Círculo do Coração precisa de ajuda para erguer sede

ONG completa 25 anos tentando realizar o sonho de ter uma sede própria para ampliar a assistência a crianças com doenças cardíacas

Sandra Mattos, diretora médica do CirCorSandra Mattos, diretora médica do CirCor - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

O Círculo do Coração (CirCor), que contempla o atendimento a crianças com doenças cardíacas, treinamento de profissionais e estudos sobre a cardiologia infantil, completa 25 anos em 2019 e busca ajuda para ampliar sua atuação no Estado. A instituição, que ao longo dessas décadas já atendeu gratuitamente mais de 300 mil meninos e meninas cardiopatas em mutirões advindos de acordos com governos, hospitais ou de forma pontual nos consultórios dos médicos parceiros, busca ter sua sede própria.

A Casa do Coração é um sonho antigo que começou a sair do papel, mas que ainda precisa da solidariedade de muitos para ser concluída. O projeto está orçado em R$ 500 mil para todas as adequações de um imóvel no bairro de Campo Grande, onde as obras já iniciaram. O ritmo delas agora depende das doações. Na planta, a Casa do Coração terá salas de atendimento médico, dois espaços para os testes cardíacos - como ecocardiograma e eletrocardiograma-, além de áreas para intervenções multidisciplinares com os pequenos pacientes e suas famílias.

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“A ideia de montar a casa veio para podermos fazer o pré e pós-operatório dos pacientes, a avaliação de seguimento dessas crianças e também fazermos o treinamento de profissionais para que possamos expandir essa rede (da cardiologia infantil)”, explicou a diretora médica do CirCor, a médica Sandra Mattos. A especialista destacou que as cardiopatias na infância são, em todo mundo, um fenômeno importante na saúde pública, sendo responsável por grande parte da morbidade na primeira infância em alguns países. “Dos tipos de doença cardíaca nas crianças a que mais nos preocupa é a congênita que é quando o bebê já nasce com ela. A cada 100 crianças 1 nasce com problema no coração. E das que nascem com essa condição, em torno de 30% têm doença crítica, ou seja, se não tiver cirurgia ou tratamento rápido é difícil sobreviver ao primeiro ano de vida”, destacou.

Duas dessas crianças que tiveram diagnóstico e tratamento oportuno graças ao CirCor foram Natália Oliveira, hoje com 12 anos, e Artur Lucas de França, que acabou de completar 26 anos, e foi um dos primeiros pacientes pelo grupo. “Minha história com o Círculo do Coração começou quando eu tinha apenas seis dias de vida e fui diagnosticado com uma cardiopatia severa. Fui operado através da doutora Sandra Mattos e ela disse a minha mãe que não temesse. Venho progredindo bem na saúde até hoje”, contou o jovem que virou voluntário.

Outro relato emocionado é do autônomo Francisco Xavier, pai de Natália que foi diagnosticada ainda no ventre da mãe. “Ficamos sem chão. Não sabíamos o que fazer até sermos encaminhados o CirCor. A anomalia dela era tão complexa que talvez tivesse morrido”, emocionou-se.

Natália Oliveira e Artur Lucas de França são pacientes

Natália Oliveira e Artur Lucas de França são pacientes - Crédito: Patricia Fonseca/Cortesia


Há muitas formas de ajudar CirCor. Uma é o depósito direto na conta bancária do Círculo do Coração de Pernambuco, na Caixa Econômica Federal - banco 104 - operação 003 - C/C 626-5 - agência 2348. CNPJ: 00.286.731/0001-45. Outra forma é online, através do site de captação de recursos Doare: . Mais uma opção é o financiamento de um item da “Lista de Casamento do Sr. e Sra. Tum-tá" (mascotes do Círculo do Coração) na loja ou no site da Ferreira Costa, o


 

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