Seg, 22 de Dezembro

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Saúde

Cirurgia em feto corrige defeito grave na coluna vertebral

Implante de célula-tronco foi usado para tratar espinha bífida ainda na gestação

Mulher grávidaMulher grávida - Foto: Pixabay

Pesquisadores americanos trataram com sucesso um grave defeito congênito usando um implante de células-tronco, numa cirurgia antes do nascimento. O método foi desenvolvido pela Universidade da California e os cientistas esperam que possa se difundir para tratar a espinha bífida, uma malformação na qual a coluna vertebral não se fecha corretamente e a criança pode nascer com sérios problemas neurológicos, como paralisia, além de deformidades.

Por meio de uma incisão pequena, os médicos colocaram na coluna dos fetos um implante com células-tronco, aquelas com capacidade de formar qualquer tecido do corpo humano. Em vez de simplesmente fechar cirurgicamente a lesão, o implante permite que novas células se desenvolvam junto com o feto, como ocorreria se não houvesse a malformação.

As crianças serão acompanhadas por pelo menos seis anos, para que os médicos tenham certeza de que a coluna vertebral se formou normalmente. Eles vão avaliar, por exemplo, a mobilidade e a coordenação das pernas.

Até o momento, três crianças foram operadas quando estavam em gestação, mas o projeto de pesquisa prevê a realização de outros 32 fetos com diagnóstico de espinha bífida. Se o êxito se confirmar, estudos maiores serão realizados, antes que a técnica possa ser aprovada. Uma das crianças operadas é uma menina que já está com 1 ano e cujo desenvolvimento até agora é considerado normal.

A espinha bífida é uma malformação de causa desconhecida e não tem cura. Mas é sabido que existem fatores que aumentam o risco de uma mulher gerar um filho com a condição. O mais conhecido deles é a carência de ácido fólico (vitamina B9) durante a gestação. Não à toa a suplementação é recomendada às grávidas.

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