Contra retomada, professores de escolas particulares discutem possibilidade de greve
Assembleia foi marcada após sindicato dos docentes da rede estadual aprovar estado de greve. Aulas presenciais estão permitidas a partir de 6 de outubro
Depois dos professores das escolas estaduais, o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE), que representa cerca de 28 mil profissionais da rede particular, também se manifestou contra o retorno das aulas, marcando uma assembleia virtual para a próxima quarta-feira (30). Em pauta, a possibilidade de deflagração de uma greve.
A mobilização é parte das reações à decisão do Governo de permitir, a partir do dia 6 de outubro, a volta das aulas nas escolas, que, desde março, só podem operar em regime remoto devido à pandemia do novo coronavírus. Presidente do Sinpro-PE, Helmilton Bezerra diz que há diferenças de realidade entre as escolas particulares e que, por isso, uma parte delas não tem condições de cumprir o protocolo de distanciamento social e normas sanitárias.
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“Nem as privadas são lineares. Há escolas onde as salas são pequenas ou só chega água dois dias por semana. As nossas escolas não são capazes de cumprir aqueles mais de 60 itens para que tenha a volta das aulas. Também temos professores idosos e com comorbidades”, argumenta.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Diniz, afirma que “encara dentro da normalidade democrática” as discussões dos sindicatos. “No nosso entendimento, o princípio básico é o da prontidão. Tem prontidão dentro dos protocolos estabelecidos? Volta. Quem não tiver, se prepare para voltar”, defende. A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação e Esportes reiterou que a posição da pasta é o próprio decreto estadual, que estabelece a volta das atividades presenciais no ensino médio a partir de 6 de outubro.

