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SAÚDE

Criança morre por complicação de sarampo contraído anos antes; veja como isso pode acontecer

Cerca de 1 em cada 10.000 pessoas que contraem sarampo desenvolve o distúrbio, mas o risco é de 1 em 600 para bebês

Vírus do Sarampo Vírus do Sarampo  - Foto: CDC/Reprodução

Uma criança em idade escolar morreu de uma complicação rara de sarampo contraída na infância, segundo autoridades de saúde do Condado de Los Angeles, ela era muito jovem para ser vacinada quando foi infectada pelo vírus e acabou falecendo de panencefalite esclerosante subaguda.

A doença incurável causa danos cerebrais progressivos e é quase universalmente fatal. Cerca de 1 em cada 10.000 pessoas que contraem sarampo desenvolve o distúrbio, mas o risco é de 1 em 600 para bebês.

"Este caso é um doloroso lembrete de quão perigoso o sarampo pode ser, especialmente para os membros mais vulneráveis da nossa comunidade", disse Muntu Davis, agente de saúde do Condado de Los Angeles. "Bebês muito jovens para serem vacinados e dependem de todos nós para ajudar a protegê-los por meio da imunidade comunitária".

Segundos os dados, o ano de 2025 foi o pior em relação a doença nos EUA em mais de três décadas. Autoridades dizem que a principal razão é a baixa adesão a vacinação infantil no território americano e a disseminação de surtos nacionais e internacionais. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmaram 1.454 casos essa semana — sendo que três pessoas morreram.

 

No Brasil, a vacina tríplice viral, que protege do sarampo, é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A cobertura vacinal ultrapassou a meta nacional de 95% no último ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2025, foram distribuídas mais de 12 milhões de doses e aplicadas, até meados de julho, 2,4 milhões.

A vacina é recomendada rotineiramente para crianças a partir de 12 meses de idade, com a segunda dose aplicada aos 15 meses. Porém, ela é recomendada para todas as pessoas de 1 a 59 anos de idade que não tenham comprovadas as duas doses do esquema vacinal. Em casos de surtos, crianças de 6 meses a 1 ano devem receber uma dose extra da vacina contra o sarampo (dose zero) em locais com surto da doença, como aponta o Ministério da Saúde.

Gestantes e imunocomprometidos não devem tomar a vacina visto que ela é contraindicada durante a gestação e para não baixar ainda mais o sistema imunológico desses pacientes. Ambos os casos devem consultar um médico antes de tomar a vacina.

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