Defesa Civil registra 28 mortos em ataques perto de hospital em Gaza
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou, por sua vez, que o Exército de Israel entrará "com toda a sua força" na Faixa de Gaza
A Defesa Civil palestina informou, nesta terça-feira (13), que pelo menos 28 pessoas morreram em ataques perto do hospital europeu de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
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"Segundo informação fornecida por nossas equipes no terreno, até agora foram extraídas 28 pessoas (mortas) da área", declarou à AFP Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, território devastado por mais de 18 meses da guerra entre o exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas.
O conflito foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023.
Na primeira hora desta terça-feira, o exército anunciou outro ataque contra "um centro de comando e controle situado no hospital Nasser", também em Khan Yunis.
O Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas, informou sobre dois mortos e vários feridos. Segundo a Defesa Civil, uma das vítimas foi o jornalista Hassan Aslih.
No passado, o Exército israelense acusou Aslih de ter participado dos atentados executados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Segundo a instituição, ele teria filmado e divulgado os vídeos dos ataques nas redes sociais.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou, por sua vez, que o Exército de Israel entrará "com toda a sua força" na Faixa de Gaza nos próximos dias e que não contempla nenhum cenário em que seu país vá parar a guerra, informou seu gabinete nesta terça-feira.
Netanyahu fez estas declarações perante reservistas na segunda-feira, no primeiro dia de uma visita do presidente americano, Donald Trump, ao Oriente Médio, e no dia seguinte à libertação de Edan Alexander, único refém vivo com nacionalidade americana.
Em 5 de maio, Israel já havia anunciado uma nova campanha militar na Faixa de Gaza, contemplando a "conquista" do território palestino. Segundo o exército, que diz ter mobilizado "dezenas de milhares de reservistas", esta operação exigirá o deslocamento interno da "maioria" dos habitantes do território.
"Nos próximos dias, iremos com toda a nossa força completar a operação. Completar a operação significa derrotar o Hamas, destruir o Hamas", disse Netanyahu aos reservistas na segunda-feira.
"Não haverá situação na qual possamos deter a guerra. Poderia haver uma trégua temporária (para assegurar a libertação de reféns que ainda estão retidos em Gaza), mas vamos com tudo", enfatizou.
Sobre a possível realocação de parte da população de Gaza para outros países, Netanyahu disse que foi estabelecida "uma administração que lhes permitirá partir".
"Mas o problema do nosso lado se reduz a uma única coisa: precisamos de países dispostos a acolhê-los. Estamos trabalhando nisso atualmente", assinalou.
"Se lhes dermos a possibilidade de partir, mais de 50% irão embora, e acredito, inclusive, que muitos mais. O Hamas, porém, não estará mais", assegurou.

