DEM quer repetir o mesmo equívoco do extinto PFL

Anuncia-se que o DEM teria sondado Luciano Huck e Bernardinho para encabeçar a chapa do partido às eleições presidenciais do próximo ano. Teria se inspirado no PSDB, que lançou João Doria para prefeito de São Paulo e ele venceu a eleição no 1º turno. O ministro Mendonça Filho, por exemplo, é um dos que defendem que o partido se apresente aos eleitores “renovado” e o primeiro passo nesta direção seria a troca do nome para “Centro Democrático” (boa sacada). Contudo, é um erro imaginar que Huck ou Bernardinho reúne condições políticas para gerir um país complexo como o nosso só porque são populares. Um é animador de TV e o outro técnico de vôlei, mas isso não os credencia para ser presidente da República. É diferente de João Dória, que é filho de um ex-deputado da Bahia e sempre militou na política seja como empresário ou apresentador de televisão. O PFL cometeu esse equívoco uma vez quando foi atrás de Sílvio Santos para candidatá-lo a presidente. Felizmente ele não quis. Se o partido não tem mais Aureliano Chaves, Marco Maciel, ACM e Luiz Eduardo Magalhães, resta-lhe ainda quadros respeitáveis como ACM Neto, José Carlos Aleluia, Mendonça Filho, César e Rodrigo Maia. Se deseja mesmo entrar no jogo, é com um desses que deveria caminhar.

Renata para vice de Paulo
Dizendo que não fala em nome do governo, tampouco do PSB, e sim em nome próprio, o ex-prefeito de São Lourenço, Ettore Labanca (PSB), que tinha ótima relação com Eduardo Campos, passou a defende o nome da viúva, Renata, para vice de Paulo Câmara em 2018. “Dá substância política à chapa e é aceita, consensualmente, por todos os partidos da Frente Popular”, diz ele.

Espaço > Labanca tem o mesmo pensamento do ex-deputado André Campos, subsecretário da Casa Civil: se uma das vagas do Senado será de Jarbas, não se pode dar ao PMDB dois lugares na chapa da Frente Popular. O atual vice, Raul Henry, seria deslocado para a Câmara Federal.

Obrigado > Fundador da OAS, o empresário baiano César Mata Pires, que faleceu ontem em SP, teve o mesmo fim do ex-cunhado Luiz Eduardo Magalhães, filho de ACM: morte súbita. Aliás, adversários deste último diziam em tom jocoso que OAS queria dizer “Obrigado, Amigo Sogro” por ter surgido em 1976 quando ACM era “vice-rei” da Bahia.

Carta > Quando o então presidente FHC pensou em privatizar a Chesf nos anos 90, o então governador Miguel Arraes mandou-lhe uma carta dizendo que privatizá-la seria privatizar também o rio São Francisco, pois ela depende dele. Como a Chesf tem sua sede no Recife, aguarda-se agora o que Paulo Câmara irá fazer.

Apelo > Vereadores de oposição enviaram carta a Tadeu Alencar (PSB) pedindo a interferência dele para anular o ato que transferiu o médico e ex-prefeito de São José do Egito, Romério Guimarães (PT), para Afogados da Ingazeira, por perseguição política. Alegam que por ter força junto ao Governo e ser ligado ao prefeito Evandro Valadares (PSB), ele pode resolver essa parada.

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