"Deus estava com ela": diz pai de turista brasileira encontrada morta na Indonésia
Manoel Marins disse que ter o coração em paz "por saber que Juliana não estava sozinha naquele vulcão"
Manoel Marins, pai da publicitária brasileira Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gravou um depoimento emocionante na tarde desta quarta-feira, nas suas redes sociais. De acordo com ele, a filha não estava sozinho no vulcão, porque "Deus estava com ela".
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"Creio num Deus que, a exemplo de Jesus, caminha conosco, sorri conosco e chora conosco. Mas, que sobretudo, nunca nos abandona. Isso traz paz ao meu coração, por saber que Juliana não estava sozinha naquele vulcão. Deus estava o tempo todo com ela, segurando sua mão e enxugando suas lágrimas." escreveu em sua publicação.
O velório de Juliana acontecerá na sexta-feira, às 10h, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói. O corpo foi liberado aos familiares na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, após a conclusão de um novo exame de necropsia.
A autópsia no corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morta após cair numa encosta do Monte Rinjani, na Indonésia, foi concluída após cerca de duas horas. O exame começou às 8h30, no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, e foi realizado por dois peritos legistas da Polícia Civil, com a presença de um perito médico da Polícia Federal e de um assistente técnico indicado pela família.
O laudo preliminar deve ser divulgado em até sete dias. A expectativa é que a nova perícia esclareça a data e o horário da morte de Juliana, além de apurar uma possível omissão de socorro por parte das autoridades locais.
Veja o texto completo escrito pelo pai:
"Creio em Deus. Está é uma convicção que trago comigo desde a infância. Creio em Jesus Cristo e tenho me esforçado em ser seu discípulo. O Deus em quem creio é o Deus que se revelou em Jesus de Nazaré, que se mostrou amoroso, compassivo, empático.
Não creio num Deus punitivista, sádico, que nos trata como marionetes, movimentando-nos a seu Bel prazer. Creio num Deus que, a exemplo de Jesus, caminha conosco, sorri conosco e chora conosco.
Mas, que sobretudo, nunca nos abandona. Isso traz paz ao meu coração, por saber que Juliana não estava sozinha naquele vulcão. Deus estava o tempo todo com ela, segurando sua mão e enxugando suas lágrimas."
Urna funeral transportada em avião da FAB
O corpo da jovem chegou ao Rio uma semana depois da constatação de sua morte. A urna funeral foi trazida do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por um avião bimotor da Força Aérea Brasileira (FAB).
O translado entre a Indonésia e o Brasil foi feito num voo da companhia Emirates, que aterrissou às 17h10. No começo da noite o corpo foi trazido para o Rio.
Uma prima de Juliana estava no Aeroporto do Galeão — a mesma que acompanhou o pai, Manoel Marins, até a Indonésia. Na chegada do avião, ela não conteve as lágrimas.

