Sex, 05 de Dezembro

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Juliana Marins

"Deus estava com ela": diz pai de turista brasileira encontrada morta na Indonésia

Manoel Marins disse que ter o coração em paz "por saber que Juliana não estava sozinha naquele vulcão"

A publicitária Juliana Marins ao lado dos pais em foto publicada por Manoel Marins Filho A publicitária Juliana Marins ao lado dos pais em foto publicada por Manoel Marins Filho  - Foto: Reprodução / Instagram

Manoel Marins, pai da publicitária brasileira Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gravou um depoimento emocionante na tarde desta quarta-feira, nas suas redes sociais. De acordo com ele, a filha não estava sozinho no vulcão, porque "Deus estava com ela".

"Creio num Deus que, a exemplo de Jesus, caminha conosco, sorri conosco e chora conosco. Mas, que sobretudo, nunca nos abandona. Isso traz paz ao meu coração, por saber que Juliana não estava sozinha naquele vulcão. Deus estava o tempo todo com ela, segurando sua mão e enxugando suas lágrimas." escreveu em sua publicação.

O velório de Juliana acontecerá na sexta-feira, às 10h, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói. O corpo foi liberado aos familiares na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, após a conclusão de um novo exame de necropsia.

A autópsia no corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morta após cair numa encosta do Monte Rinjani, na Indonésia, foi concluída após cerca de duas horas. O exame começou às 8h30, no Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, e foi realizado por dois peritos legistas da Polícia Civil, com a presença de um perito médico da Polícia Federal e de um assistente técnico indicado pela família.

O laudo preliminar deve ser divulgado em até sete dias. A expectativa é que a nova perícia esclareça a data e o horário da morte de Juliana, além de apurar uma possível omissão de socorro por parte das autoridades locais.

Veja o texto completo escrito pelo pai:

"Creio em Deus. Está é uma convicção que trago comigo desde a infância. Creio em Jesus Cristo e tenho me esforçado em ser seu discípulo. O Deus em quem creio é o Deus que se revelou em Jesus de Nazaré, que se mostrou amoroso, compassivo, empático.

Não creio num Deus punitivista, sádico, que nos trata como marionetes, movimentando-nos a seu Bel prazer. Creio num Deus que, a exemplo de Jesus, caminha conosco, sorri conosco e chora conosco.

Mas, que sobretudo, nunca nos abandona. Isso traz paz ao meu coração, por saber que Juliana não estava sozinha naquele vulcão. Deus estava o tempo todo com ela, segurando sua mão e enxugando suas lágrimas." 

Urna funeral transportada em avião da FAB
O corpo da jovem chegou ao Rio uma semana depois da constatação de sua morte. A urna funeral foi trazida do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por um avião bimotor da Força Aérea Brasileira (FAB).

O translado entre a Indonésia e o Brasil foi feito num voo da companhia Emirates, que aterrissou às 17h10. No começo da noite o corpo foi trazido para o Rio.

Uma prima de Juliana estava no Aeroporto do Galeão — a mesma que acompanhou o pai, Manoel Marins, até a Indonésia. Na chegada do avião, ela não conteve as lágrimas.

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