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FERIADO

Dia de Finados: saiba como está a movimentação no Recife durante feriado

As primeiras horas do feriado de Finados, celebrado nesta quarta-feira (2), foram de movimentação tranquila no Cemitério de Santo Amaro, o maior do Recife

Túmulo da Menina Sem Nome, no Cemitério de Santo AmaroTúmulo da Menina Sem Nome, no Cemitério de Santo Amaro - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

As primeiras horas do feriado de Finados, celebrado nesta quarta-feira (2), foram de movimentação tranquila no Cemitério de Santo Amaro, o maior do Recife.

Reunidas em família ou sozinhas, as pessoas visitavam o túmulo de parentes ou conhecidos nesta data. Sem tumultos, as visitas aconteciam em silêncio do luto, que tenta amenizar a saudade neste dia de lembranças.

Ainda em Santo Amaro, há ainda a presença de túmulos conhecidos pela população, como é o caso do da Menina Sem Nome.

Sempre um dos mais visitados, o túmulo da Menina Sem Nome, morta em 1970, sempre recebe presentes, doces, brinquedos. Há também muitas velas e placas de graças alcançadas em nome da garota.
 

Sem querer se identificar, uma senhora que sempre visita o famoso túmulo, disse acreditar que a menina “olha pela cidade e por quem se compadece da sua dor”, falou a senhora, que afirmou ainda que costuma realizar essa visita não só no Dia de Finados, mas sempre que pode. 

O mesmo não acontece com o túmulo dos seus familiares. “Não visito o túmulo dos meus parentes porque não acredito que vá mudar nada. Sinto saudade, mas é isso. Já o da Menina Sem Nome, eu realmente acredito que ela tenha um poder de graça”, completou.

  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
  • Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)
    Movimentação no Cemitério de Santo Amaro durante o dia de Finados (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)

A família Raimundo da Silva, composta pela matriarca Nilza Raimunda, 74; a filha Eliane Raimunda, 51; e o genro Ivo da Silva, 62, sempre visitam o túmulo da Menina Sem Nome.

Com presentes e brinquedos, dona Nilza sempre agradece a maior graça alcançada em sua vida em nome da Menina: o movimento das pernas da filha Eliane, que sofreu um acidente quando ainda era pequena e passou vários dias internada no Hospital da Restauração.

“A minha filha tinha a mesma idade da Menina Sem Nome. Quando ela sofreu o acidente, vim aqui e pedi a ela. Minha filha nunca precisou andar de cadeira de rodas, como tinham previsto os médicos. Eu até hoje retribuo essa graça e continuo pedindo por saúde”, disse a aposentada.
 

Chico Science
Todos os anos no Dia de Finados, o garçom Pereira Campos, morador de Casa Amarela, visita o túmulo de Chico Science. Para ele, é uma forma de agradecer o homenagear o legado deixado pelo artista.

“Não é um momento triste pra mim. É uma forma de celebrar a arte e resgatar o Manguetown”, disse.

Eduardo Campos 
Enterrado ao lado do avô, Miguel Arraes de Alencar, e do tio, Carlos Augusto Arraes de Alencar, o túmulo de Eduardo Campos também é um dos mais famosos e visitados.

Pregando uma faixa em homenagem ao ex-governador, que morreu de forma trágica em um acidente aéreo durante campanha presidencial em 2014, Antônio Carlos tem 54 anos e é servidor público municipal. 

Antônio já trabalhou com Eduardo e anulam visita o túmulo do colega. “Tem amizades que vão além da vida. No caso de Eduardo, é mais do que isso. Ele foi um exemplo de político e de dignidade, que sempre olhou pelos pobres”, completou.

Cuidados com o cemitério 
De acordo com Adriano Freitas, diretor administrativo da Emlurb, toda a equipe foi mobilizada para orientar e garantir a normalidade nesse dia em que a visitação é maior.

“Nosso trabalho de preservação com o cemitério é o ano todo para que as pessoas possam viver esse momento com o máximo de tranquilidade possível”, disse o diretor.

Missas
Durante a celebração de uma das missas previstas para este Dia de Finados no Cemitério de Santo Amaro, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, destacou que hoje não é um dia de tristeza, mas sim de saudade, reflexão e oração.

“Não devemos usar este dia pra lamentar, mas para orar pelos entes que já partiram. Devemos lembrar dos bons exemplos deixados por eles para viver bem, na caridade, em favor do irmão mais necessitado”, disse o arcebispo, que cumprirá outra agenda religiosa às 16h, no Cemitério Parque das Flores, no bairro do Totó.

 

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