Duas suspeitas de aplicar "Boa noite, Cinderela" em turistas na Zona Sul do Rio seguem foragidas
Disque Denúncia divulgou cartaz e pede informações sobre a localização de Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 27 anos, e de Rayane Campos de Oliveira, de 28
Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 27 anos, e Rayane Campos de Oliveira, de 28, seguem foragidas da Justiça enquanto são investigadas pelo golpe conhecido como "Boa Noite, Cinderela" aplicado contra dois turistas britânicos na Zona Sul do Rio. O caso aconteceu no último dia 8 e ganhou grande repercussão, inclusive internacional, quando um vídeo registrou uma das vítimas dopada e desorientada, caída nas areias da Praia de Ipanema.
O Disque Denúncia divulgou um cartaz nesta terça-feira pedindo informações que levem à localização de Mayara e Rayane. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat). As duas seriam moradoras do Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio.
Mayara Ketelyn Américo da Silva e Rayane Campos de Oliveira são suspeitas de aplicarem golpe 'Boa noite, Cinderela' em turistas britânicos, na Zona Sul do Rio — Foto: Divulgação / Disque DenúnciaSegundo a polícia, as duas agiram junto com Amanda Couto Deloca, de 23 anos, para aplicar o golpe. As vítimas, que são dois turistas britânicos, conheceram as mulheres na Lapa, no Centro do Rio, e, após serem dopadas, tiveram os celulares roubados, resultando em um prejuízo de R$ 116 mil. Amanda foi detida em casa na tarde da última segunda-feira (18), em Nova Campinas, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pela Deat em conjunto com a 62ª DP (Imbariê).
Contra Mayara Ketelyn e Rayane Campos seguem em aberta o mandado de prisão preventiva expedido pela 19ª Vara Criminal da Capital pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado e roubo circunstanciado.
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As duas têm antecedentes por golpes semelhantes. Rayane acumula 24 passagens, incluindo associação criminosa, ameaça e roubo. No ano passado, ela chegou a ser condenada a seis anos de prisão em regime semiaberto por aplicar um golpe idêntico na Pedra do Sal, quando dopou e roubou um turista estrangeiro, mas cumpriu apenas seis meses e foi liberada em 3 de julho deste ano.
Agentes da Deat realizam diligências a fim prender a dupla. Quem tiver informações que ajudem na localização das duas suspeitas pode entrar em contato com o Disque Denúncia do Rio pelos seguintes canais de atendimento:
Central de atendimento/Call Center: (21) 2253 1177 ou 0300-253-1177
WhatsApp Anonimizado: (21) 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa)
Aplicativo: Disque Denúncia RJ
O anonimato é garantido.
Turista dopado em golpe
Imagens que circularam nas redes sociais mostram o momento em que um dos turistas cai desacordado na praia de Ipanema, Zona Sul do Rio. Ele desembarca de um táxi e anda cambaleando pelo calçadão até cair na areia. Em seguida, uma testemunha conseguiu gravar as três mulheres suspeitas pelo golpe fugindo de táxi do local.
No depoimento à Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) as vítimas, de 21 anos, contaram conheceram as mulheres durante uma roda de samba na Lapa. Elas teriam oferecido caipirinhas adulteradas, após as quais os jovens perderam a consciência. Ao acordarem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, também na Zona Sul, notaram o sumiço de seus celulares, e um deles teve 16 mil libras esterlinas, o equivalente R$ 110 mil roubados via transferência bancária feita pelas criminosas.
Em um segundo depoimento, de acordo com a delegada Patrícia Alemany, o turista relatou que as criminosas chegaram a tirar quase R$ 150 mil (20 mil libras) de um investimento, mas a maior parte da quantia ficou na conta-corrente.
— É um crime super grave onde eles são dopados e elas roubam geralmente os celulares e fazem essas transações bancárias. Vamos prosseguir as investigações agora — disse a delegada Patricia Alemany, titular da Deat.

