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METEOROLOGIA

Episódio "fraco" do La Niña pode surgir nos próximos meses, diz ONU

Embora o La Niña tenha um efeito de resfriamento, organização espera que muitas regiões continuem registrando temperaturas acima do normal

Episódio "fraco" do La Niña pode surgir nos próximos meses, diz ONUEpisódio "fraco" do La Niña pode surgir nos próximos meses, diz ONU - Foto: Orlando Sierra/AFP

O fenômeno La Niña, associado a um resfriamento global, pode aparecer de forma branda entre dezembro e fevereiro, mas muitas regiões continuariam registrando temperaturas elevadas, informou nesta quinta-feira (4) a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Segundo a atualização da agência da ONU, "há 55% de probabilidade de que um episódio fraco de La Niña influencie nas condições meteorológicas e climáticas durante os próximos três meses".

Embora o La Niña tenha um efeito de resfriamento, "espera-se que muitas regiões continuem registrando temperaturas acima do normal", indicou a OMM, com base nas últimas observações de seus centros mundiais de previsão sazonal em meados de novembro de 2025.

Segundo a organização, os indicadores oceânicos e atmosféricos revelam condições "limítrofes" para um episódio de La Niña.

Para os períodos de janeiro-março e fevereiro-abril de 2026, a probabilidade de um retorno a condições neutras "aumenta gradualmente de cerca de 65% para 75%", indicou.

La Niña refere-se ao resfriamento periódico em grande escala das temperaturas superficiais no centro e no leste do Oceano Pacífico equatorial. Está associado a variações na circulação atmosférica tropical, em particular mudanças nos ventos, na pressão e nos regimes de precipitações, segundo a OMM.

Em geral, La Niña produz efeitos climáticos opostos aos do El Niño, especialmente nas regiões tropicais. A OMM considera "baixo" o risco de um episódio de El Niño nos próximos meses.

Segundo a OMM, os fenômenos climáticos naturais de grande magnitude, como La Niña e El Niño, estão inseridos no contexto mais amplo das mudanças climáticas de origem humana.

Estas mudanças provocam um aumento das temperaturas globais a longo prazo, uma intensificação dos fenômenos meteorológicos e climáticos extremos e repercussões nos regimes sazonais de precipitações e temperaturas.

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