Escola de Arte João Pernambuco cobra melhorias
Em audiência pública realizada nesta quinta-feira, alunos e professores da escola de arte cobraram da Prefeitura do Recife a realização de um concurso público e investimentos na infraestrutura da unidade
A Escola Municipal de Arte João Pernambuco, localizada no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, recebeu 156 instrumentos musicais da Prefeitura do Recife, em agosto deste ano. No entanto, não há um quantitativo de professores suficientes para ensinar seus alunos a tocarem diversos instrumentos, como clarinetes, a família de saxofone, entre outros. O último concurso público foi realizado na década de 1990. Com a acessibilidade comprometida, a unidade também não pode receber alunos deficientes com conforto e adequações necessárias. A escola já teve que suspender as aulas por uma semana, por não ter água no prédio. Além da falta de manutenção e melhorias na infraestrutura. Todos esses problemas foram elencados na Audiência Pública, promovida pelo vereador Ivan Morais (PSOL) e realizada na tarde desta quinta-feira (22), no teatro da escola.
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Apesar de ser considerado um importante equipamento na formação artística da cidade, os alunos e profissionais da João Pernambuco reclamam da ausência do Poder Público. "Nossa escola tem se mobilizado para participar de vários eventos no Estado. Recebemos alunos de 7 até 80 anos. Em abril, o muro daqui caiu e houve uma obra emergencial para consertar, mas o que nós queremos da prefeitura é que possa nos antecipar aos problemas, e não esperar que outros muros caiam. Há problemas em toda a escola", criticou Gabriel Augusto, aluno da unidade e membro do Conselho Escolar.
A coordenadora pedagógica Elisama Pereira chama atenção para a falta de dotação orçamentária para a escola e o déficit do corpo docente e administrativo. A secretaria da unidade só tem uma pessoa para atender aos três turnos. Profissionais de limpeza só tem três pessoas e dos 15 instrumentos ofertados para o ensino, há apenas quatro professores efetivos, a maioria das aulas precisam ser ministradas por estagiários. "Só as pessoas que não tem condições de pagar por um curso de música, dança, teatro ou artes visuais e encontram aqui uma oportunidade de aprender, sabem a importância da nossa escola", declarou.
Em resposta as demandas da audiência, a Secretaria de Educação informou que neste ano a unidade recebeu o aporte de recurso da ordem de R$ 1,4 milhão em obras e instrumentos musicais. "A escola passou por recente requalificação de cobertura e dos muros que a circundam", disse. Já em relação à contratação de pessoal, a pasta afirma que irá abrir um novo certame para reforçar o atual quadro de cinco mil professores efetivos que atendem 91 mil alunos em toda a cidade do Recife, mais ainda não há data definida para a realização do concurso.

