Dom, 07 de Dezembro

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Polícia desarticula esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no Polo Gesseiro do Araripe

Sete pessoas envolvidas no esquema foram presas e de 22 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros foram cumpridos

Coletiva de Imprensa a respeito da Operação Malta, envolvendo esquema de sonegação fiscal no polo gesseiro do estadoColetiva de Imprensa a respeito da Operação Malta, envolvendo esquema de sonegação fiscal no polo gesseiro do estado - Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) desencadeou, na manhã da última terça-feira (15), a Operação Malta, que buscava identificar uma organização criminosa que praticava os crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade documental no Polo Gesseiro do Araripe, Sertão do estado.

Nesta terça (22), a PCPE divulgou, em coletiva de imprensa, a prisão de sete sete pessoas envolvidas no esquema e o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Trindade, Araripina e Ouricuri, em Pernambuco, além de Marcolândia, no Piauí.

A operação está vinculada à Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob a presidência do delegado Breno Varejão, Titular da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (Deccot), unidade integrante do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).

Operação Malta
As investigações da Operação Malta começaram em fevereiro de 2023, com o objetivo de apurar um esquema fraudulento envolvendo uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, entre outros.

A organização se utilizava de empresas do ramo de gesso e afins, assim como de pessoas físicas localizadas na região do Polo Gesseiro, para comercializar mercadorias sem a devida emissão de notas fiscais ou, em muitos casos, com o uso de notas fiscais falsas ou emitidas por empresas fantasmas.

"Colhemos um depoimento que ficou claro que os documentos pessoais, como CPF e RG, eram cedidos em troca de muito pouco, como um telefone usado, que equivalia a R$ 200. Com base nisso, um desses atores envolvidos na falsificação e criação de empresas laranjas pegava o documento e criava uma empresa fantasma, com o objetivo de gerar essas notas fiscais", explicou o delegado Breno.

Ao todo, foram criadas 42 empresas laranjas para acobertar quatro empresas do ramo. A estimativa do faturamento dessas empresas é de R$ 140 milhões. Além disso, cerca de R$ 18 milhões deixaram de ser destinados aos cofres públicos.

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