Logo Folha de Pernambuco

Guerra

Exército de Israel afirma ter bombardeado quartel-general do Hezbollah no subúrbio de Beirute

Anúncio foi feito pelo porta-voz Daniel Hagari em discurso televisionado; fonte próxima ao grupo afirma que Hassan Nasrallah "está bem"

Pessoas e equipes de resgate em meio aos escombros de um prédio destruído em um ataque aéreo israelense no bairro de Haret Hreik, nos subúrbios ao sul de Beirute, em 27 de setembro de 2024 Pessoas e equipes de resgate em meio aos escombros de um prédio destruído em um ataque aéreo israelense no bairro de Haret Hreik, nos subúrbios ao sul de Beirute, em 27 de setembro de 2024  - Foto: Ibrahim Amro/AFP

O Exército de Israel afirmou ter bombardeado o quartel-general do Hezbollah, na região sul de Beirute, durante uma nova onda de ataques aéreos massivos contra a capital libanesa nesta sexta-feira.

O alvo da operação seria o líder do movimento xiita, Hassan Nasrallah, segundo os principais meios de comunicação israelenses. Fontes ligadas ao Hezbollah afirmaram que Nasrallah está vivo.

— Pouco tempo atrás, as Forças de Defesa de Israel realizaram um ataque preciso contra o quartel-general central da organização terrorista Hezbollah, que servia como o epicentro do terror do Hezbollah — afirmou o principal porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, em um pronunciamento no começo da tarde desta sexta. — O quartel-general central do Hezbollah foi intencionalmente construído sob prédios residenciais no coração de Dariyeh, em Beirute, como parte da estratégia do Hezbollah de usar o povo libanês como escudo humano.

O ataque aéreo foi realizado pouco depois do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmar perante a Assembleia Geral da ONU que Israel não diminuiria a pressão militar contra seus inimigos do norte e que prosseguiria com os ataques até que os objetivos traçados (o retorno da população civil ao norte de Israel) fossem atingidos.

Pouco depois do anúncio do ataque, a equipe do premier anunciou que ele anteciparia sua volta de Nova York para Israel para a noite desta sexta.

Na visão do primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, o ataque prova que Israel "não dá a mínima atenção aos esforços e apelos internacionais por um cessar-fogo" e apelou à comunidade internacional para que pressionasse Israel por uma trégua.

O ataque, que parece ter sido um dos mais intensos em Beirute desde outubro, ocorreu poucas horas após o discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no qual justificou as ações militares como uma resposta justa ao ataque terrorista de 7 de outubro.

Segundo o Gabinete do premier, Netanyahu aprovou o ataque aéreo do seu quarto de hotel.

O porta-voz do Exército israelense finalizou afirmando que Israel "está fazendo o que todos os estados soberanos do mundo fariam [...], tomando as medidas necessárias para proteger nosso povo para que as famílias israelenses possam viver em suas casas, com segurança."

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, o tenente-general Herzi Halevi, elogiou o que descreveu como "alto nível de prontidão no ataque e na defesa em todas as frentes". Yoav Gallant, o ministro da Defesa, observou o ataque da sala de comando subterrânea da Força Aérea Israelense, segundo seu gabinete.

— Eles estavam cheios de pessoas. Quem quer que esteja nesses prédios agora está sob os escombros — pontuou Abiad.

Uma descrição feita por um repórter do jornal New York Times afirma que o barulho era ensurdecedor, e que uma fumaça preta e espessa pôde ser vista subindo, no horizonte.

A Defesa Civil do Líbano disse que paramédicos e equipes de emergência estavam correndo para a cena do ataque, e o barulho de sirenes toma conta das proximidades do local.

Veja também

Suspeito de matar CEO escreveu "lista de tarefas" para assassinato e cogitou usar bomba em Nova York
ESTADOS UNIDOS

Suspeito de matar CEO escreveu "lista de tarefas" para assassinato e cogitou usar bomba em Nova York

El Salvador: o dilema de escolher entre segurança e outros direitos
EL SALVADOR

El Salvador: o dilema de escolher entre segurança e outros direitos

Newsletter