França denuncia como "atos de terrorismo" a violência de colonos israelenses na Cisjordânia
A polícia israelense informou que há uma investigação em andamento por um "incidente"
O Ministério das Relações Exteriores da França classificou, nesta terça-feira (29), como "atos de terrorismo" a violência dos colonos israelenses na Cisjordânia, após a morte de um ativista que ajudou na realização do documentário "No Other Land", vencedor de um Oscar.
"A França condena com a maior firmeza este assassinato, assim como todos os atos violentos deliberados perpetrados por colonos extremistas contra a população palestina, que se multiplicam na Cisjordânia", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França. "Esses atos violentos são atos de terrorismo".
Esta é a primeira vez que o Ministério das Relações Exteriores da França usa a palavra 'terrorismo' para se referir aos atos de colonos israelenses.
"Os colonos provocaram mais de 30 mortes desde o início de 2022. As autoridades israelenses devem assumir sua responsabilidade e punir imediatamente os autores desses atos violentos, que continuam com total impunidade, e proteger os civis palestinos", acrescentou o Ministério.
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A Autoridade Palestina denunciou que o ativista Awdah Muhamad Hathaleen foi assassinado a tiros por colonos na segunda-feira em um ataque contra a aldeia de Um al Kher, perto de Hebron, no sul da Cisjordânia.
A polícia israelense informou que há uma investigação em andamento por um 'incidente', sem confirmar que houve um assassinato, e acrescentou que um cidadão israelense foi detido.

