Frio e calor em excesso apresentam relação com aumento de mortes por AVC; entenda
Trabalho publicado na revista Neurology mostra que ambos são fatores de risco para a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais
O frio e o calor em excesso podem trazer riscos significativos à saúde humana — ambos estão associados ao aumento de mortes por acidente vascular cerebral ( AVC). Isso se dá porque tanto temperaturas mais baixas quanto as mais altas provocam alterações no organismo.
No caso do frio, especialistas apontam que a cada queda de 5°C na temperatura, leva a um aumento de aproximadamente 5% no risco de morte por doenças cardiovasculares, dentre as quais estão o AVC.
O cenário também pode ser observado em números: mais de meio milhão de pessoas morreram devido a um AVC (acidente vascular cerebral) associado a temperaturas extremas em 2019, de acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Neurology. Além disso, os pesquisadores apontam que as baixas temperaturas foram as principais causadoras de AVC.
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"Notavelmente, a carga de AVC atribuída à alta temperatura aumentou drasticamente e continuará aumentando no futuro. O processo de aquecimento global pode ser o fator determinante", escreveram os autores.
Em meses de temperaturas baixas, como o Brasil vive em meses como junho, julho e agosto, o corpo humano precisa se reajustar.
Algumas das mudanças que ocorrem com o frio são:
- Contração das artérias;
- Aumento da pressão arterial;
- Aceleração dos batimentos cardíacos.
Devido a essas alterações, também podem ocorrer: contração súbita das artérias (que irrigam o coração ou cérebro); o rompimento de placas de gordura que podem causar obstrução dos vasos sanguíneos; o aumento da viscosidade do sangue; e a ativação da inflamação no corpo por ação direta do frio ou por infecções respiratórias (comuns durante o inverno). Todos estes fatores aumentam os riscos da ocorrência de um AVC.

