Ter, 23 de Dezembro

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Guarda auxilia parto de bebê em parque no Rio de Janeiro

A criança nasceu em casa, a mãe foi socorrida pela tia até a chegada do Corpo de Bombeiros; as duas estão em observação no hospital

O guarda-parque Édson Sá e a tia Raquel Alvarenga na chegada do Corpo de Bombeiros ao Parque Estadual da Pedra Branca O guarda-parque Édson Sá e a tia Raquel Alvarenga na chegada do Corpo de Bombeiros ao Parque Estadual da Pedra Branca  - Foto: Arquivo pessoal

A família da pequena Rafaella já estava a sua espera, o que eles não contavam é que a chegada da menina fosse acontecer dois meses antes do esperado e no Parque Estadual da Pedra Branca, em Jacarepaguá. Na quinta-feira, a mamãe Ana Carolina Alvarenga, de 22 anos, deu à luz a sua segunda filha, ainda sem fraldas, bolsa e acessórios. O parto feito pela tia da gestante e um guarda, orientados por telefone pelo Corpo de Bombeiros.

Era para ser só mais um dia comum de trabalho dos seus 11 anos de carreira, até que o guarda-parque Édson Sá, de 36 anos, ouviu gritos de socorro. Ele imaginou qualquer coisa, menos que iria ajudar uma criança vir ao mundo.

"Não deu tempo nem de pensar. Me deparei com a cena da mãe já dando à luz. A criança já estava saindo, e a mãe estava contando com o auxílio da tia" conta Édson, que imediatamente ligou para o Corpo de Bombeiros.

Foi o guarda-parque que terminou o parto da criança, com orientações por telefone. Ele rasgou o saco gestacional, deu a criança à mãe e amarrou o cordão umbilical até a chegada do socorro.

"Foi um momento muito gratificante, nunca pensei que fosse viver essa experiência" completou.

A família mora na primeira casa da sede Pau da Fome, onde funciona a administração do Parque. No local, existem quatro residências de parentes dos antigos funcionários do IBDF (Instituto Brasileiro de Florestas) — órgão extinto na década de 1970. Em 1974, quando o Pedra Branca foi instituído, as residências já se encontravam lá, tendo os moradores herdados o direito à moradia.

Quando chegou em casa, a manicure Joselma Alvarenga, de 32 anos, já encontrou a prima com dores:

"A gente achava que a Ana Carolina estava com uns 7 meses de gestação, então foi uma surpresa. Quando a gente viu, já estava nascendo. Foi um momento de muito nervoso, mas também foi tudo muito especial" lembra Joselma, que por coincidência também assistiu ao primeiro parto da prima, só que no hospital.

Cerca de 20 minutos após o nascimento, a menina e a mãe foram levadas por uma ambulância do Corpo de Bombeiros para o hospital na Barra da Tijuca. Ana Carolina e a filha permanecem internadas em observação, mas, segundo a família, passam bem.

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