Sáb, 06 de Dezembro

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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Hamas classifica como "crime de guerra" plano israelense para Gaza

Movimento islamista palestino mantém 49 reféns em seu poder, dos quais 27 estariam mortos, desde seu ataque sangrento em 7 de outubro de 2023 em território israelense

Israel anuncia plano de controle da Faixa de GazaIsrael anuncia plano de controle da Faixa de Gaza - Foto: Bashar Taleb/AFP

O movimento islamista palestino Hamas alertou nesta sexta-feira (8) que o plano de Israel de tomar o controle da Cidade de Gaza é um "novo crime de guerra" e significará o "sacrifício" dos reféns.

"A aprovação pelo gabinete sionista dos planos para ocupar a Cidade de Gaza e evacuar seus habitantes constitui um novo crime de guerra que o Exército de ocupação deseja cometer contra a cidade e seus cerca de um milhão de habitantes", reagiu o movimento islamista palestino.

"Esta aventura criminosa sairá cara e não será uma jornada fácil" para o Exército israelense, acrescenta o comunicado divulgado no Telegram.

A decisão de ocupar a Cidade de Gaza, anunciada na madrugada desta sexta-feira (8) após uma reunião do gabinete de segurança do primeiro-ministro israelense, "confirma que o criminoso [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu e seu governo nazista não se preocupam com o destino dos reféns", disse o grupo em um comunicado.

"Entendem que expandir a agressão significa sacrificá-los, revelando sua imprudência em relação à vida dos prisioneiros com objetivos políticos que já fracassaram", destaca o movimento islamista.

O Hamas mantém 49 reféns em seu poder, dos quais 27 estariam mortos, desde seu ataque sangrento em 7 de outubro de 2023 em território israelense.

Hamas e seu grupo aliado, a Jihad Islâmica, divulgaram três vídeos de propaganda na semana passada que chocaram Israel e provocaram uma condenação internacional unânime.

Em dois dos vídeos, aparecem dois reféns muito magros e enfraquecidos, um deles cavando sua própria sepultura na escuridão de um túnel.

Em seu comunicado, o Hamas afirma "que não economizará esforços para tomar todas as medidas necessárias para preparar o terreno para um acordo, incluindo avançar para um acordo global para libertar todos os prisioneiros da ocupação de uma só vez, alcançar um cessar-fogo e a retirada das forças de ocupação".

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