Sáb, 06 de Dezembro

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PALESTINA

Hamas insiste na necessidade de um 'acordo integral' para terminar a guerra em Gaza

Segundo o alto comissário da ONU, os planos de Israel "agravaram preocupação de que [o país] busque infligir aos palestinos condições de vida cada vez mais incompatíveis com sua existência em Gaza"

Escombros de prédios desabados em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.Escombros de prédios desabados em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. - Foto: Bashar TALEB / AFP

O funcionário de alto escalão do Hamas, Bassem Naim, declarou à AFP nesta quarta-feira (7) que o grupo islamista palestino insistiu em um "acordo integral" para colocar fim à guerra com Israel na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023.

Na segunda-feira, Israel anunciou seus planos para expandir sua campanha militar no território palestino, devastado pela guerra, que, segundo uma autoridade israelense, implicaria sua "conquista". O projeto foi muito criticado pela comunidade internacional.

O território palestino está sob um bloqueio israelense desde 2 de março, que de acordo com as Nações Unidas e organizações humanitárias, expõe a população à fome e a uma potencial catástrofe humanitária.
 

Uma fonte de segurança israelense afirmou que o envio de tropas poderia "permitir uma janela de oportunidade" para uma negociação sobre a libertação de reféns, coincidindo com a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio na próxima semana.

"Hamas e as facções da resistência insistem em alcançar um acordo integral e um pacote completo para encerrar a guerra e a agressão, juntamente com um roteiro para o dia seguinte", explicou Bassem Naim, membro do gabinete político do Hamas.

Ele também rejeitou as "tentativas desesperadas diante da visita de Trump à região" para "forçar um acordo parcial" por meio de "fome, genocídio contínuo e ameaças de expandir as operações militares".

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, advertiu que os planos de Israel "agravaram a preocupação de que [o país] busque infligir aos palestinos condições de vida cada vez mais incompatíveis com sua existência em Gaza como grupo".

O primeiro-ministro palestino, Mohamad Mustafa, instou a comunidade internacional que acabe com o "crime humanitário deliberado" de "fome" em Gaza.

Israel retomou sua ofensiva militar na Faixa em 18 de março, quebrando uma trégua de dois meses.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.

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