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Hong Kong propõe reconhecer direitos de casais homoafetivos casados no exterior

Medida será debatida ainda este mês, mas governo não definiu prazo para aprovação

Casais LGBTQ celebram cerimônia de "casamento em massa" em Hong Kong, numa cerimonia onlineCasais LGBTQ celebram cerimônia de "casamento em massa" em Hong Kong, numa cerimonia online - Foto: Peter Parks / AFP

O governo de Hong Kong anunciou, nesta quarta-feira (2), uma proposta de lei para reconhecer alguns direitos para casamentos entre pessoas do mesmo sexo realizados no exterior, a fim de cumprir uma decisão judicial de 2023.

"O governo recomenda uma legislação que permita que casais do mesmo sexo solicitem o registro sob um mecanismo recém-estabelecido para que seus relacionamentos homoafetivos possam ser legalmente reconhecidos", afirmaram as autoridades em um documento, especificando que essa regra se aplicaria apenas a casais casados no exterior.

A Suprema Corte de Hong Kong declarou por unanimidade, em uma decisão histórica de 2023, que o casamento está "limitado a casais heterossexuais".

No entanto, o tribunal também ordenou que o governo criasse uma "estrutura alternativa" que reconhecesse os direitos legais de casais homoafetivos.

O texto do governo apresentado nesta quarta-feira limita a aplicação dessa decisão a direitos relacionados à saúde — como visitas hospitalares, tomada de decisões médicas, compartilhamento de informações médicas e doação de órgãos — e aqueles relacionados à morte de uma pessoa.

A proposta será debatida pelos legisladores em uma reunião da comissão neste mês, disse o secretário de Assuntos Constitucionais e Continentais, Erick Tsang, a repórteres.

No entanto, Tsang se recusou a especificar uma data para a aprovação do projeto de lei.

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