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Justiça sul-coreana atribui nova acusação a ex-presidente

Yoon Suk Yeol foi acusado de abuso de poder após tentar emplacar lei marcial, de acordo com os procuradores

Manifestantes levam figura representando o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em protesto pedindo a prisão dele e o afastamento do cargo Manifestantes levam figura representando o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em protesto pedindo a prisão dele e o afastamento do cargo  - Foto: ANTHONY WALLACE / AFP

Procuradores sul-coreanos acusaram o ex-presidente Yoon Suk Yeol de abuso de poder, nesta quinta-feira, em Seul. O político, que já enfrenta um julgamento por insurreição após ter declarado lei marcial em 3 de dezembro, passou dois meses presos.

"Prosseguimos com o julgamento (da insurreição) enquanto caminham as investigações complementares sobre abuso de poder que levaram a essa nova acusação", confirmou o gabinete do procurador em comunicado.

Na quarta-feira, a polícia esteve na residência de Yoon, no âmbito de uma investigação de suborno decorrente de alegações que envolviam a sua mulher, Kim Keon Hee, e um xamã acusado de receber presentes caros da ex-primeira-dama.

 

O Tribunal Constitucional confirmou a demissão de Yoon que, se for condenado por insurreição, poderá pegar prisão perpétua ou pena de morte, embora a Coreia do Sul mantenha uma moratória não oficial sobre as execuções desde 1997.

Os procuradores acusaram Yoon em janeiro, quando ainda era presidente, de ser um líder de uma insurreição, pela qual não está protegido pela imunidade presidencial, por ter enviado soldados ao Parlamento após decretar a lei marcial que durou apenas seis horas, sendo suspensa pelos parlamentares da oposição, que tiveram de escalar o edifício para entrar e votar pela remoção do presidente.

O país asiático vai realizar eleições antecipadas em 3 de junho para escolher o sucessor de Yoon.

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