Kosovo assina pedido de adesão à UE
Kosovo declarou sua independência em 2008, mas o governo sérvio ainda o considera parte da Sérvia
Dirigentes de Kosovo assinaram, nesta quarta-feira (14), um pedido formal de adesão à União Europeia, um processo que pode se complicar pelas tensas relações com a Sérvia.
O presidente Vjosa Osmani, o primeiro-ministro Albin Kurti e o presidente do Parlamento Glauk Konjufca assinaram, conjuntamente, os documentos que serão apresentados à República Tcheca, país que ocupa a presidência rotativa da UE.
"Hoje é um dia histórico. É um momento histórico", disse Osmani à imprensa após a cerimônia de assinatura.
Leia também
• União Europeia fecha acordo para proibir importações agrícolas de áreas desmatadas
• União Europeia proíbe importação de produtos vindos de áreas desmatadas, o que vai afetar o Brasil
• União Europeia alerta Musk sobre compra do Twitter: 'o pássaro terá que voar sob nossas regras
A medida "pretende abrir um novo capítulo para o Estado e para nossa sociedade", acrescentou Kurti.
O Kosovo é o último país dos Bálcãs ocidentais a se candidatar a aderir à UE, depois de Bruxelas ter reconhecido o "status" de candidato da Bósnia na terça-feira (13).
Um elemento complicador é que cinco membros do bloco — Grécia, Espanha, Romênia, Eslováquia e Chipre — não reconhecem Kosovo como um país independente.
O Kosovo declarou sua independência em 2008, mas o governo sérvio, juntamente com seus principais aliados, Rússia e China, ainda o considera parte da Sérvia.
Nesta quarta, o Parlamento e o Conselho Europeus, que representam os Estados-membros, chegaram a um acordo para isentar de vistos os kosovares que quiserem viajar para a UE para estadas curtas. O acordo ainda precisa ser formalmente ratificado.

