Sáb, 06 de Dezembro

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CONFLITO

Líderes palestinos pró-iranianos deixam a Síria após pressão das autoridades

Essas restrições acontecem quando os Estados Unidos pediram às novas autoridades que tomassem medidas contra os aliados do Irã

Bandeira da Síria na sacada da histórica estação ferroviária de Hejaz, em DamascoBandeira da Síria na sacada da histórica estação ferroviária de Hejaz, em Damasco - Foto: Louai Beshara / AFP

Duas fontes palestinas declararam, nesta sexta-feira (23), à AFP que os dirigentes de facções palestinas próximas ao governo sírio anterior e ao Irã deixaram a Síria sob a pressão das novas autoridades.

As facções, que possuíam considerável liberdade de movimento sob o poder de Bashar al-Assad, também entregaram suas armas, segundo uma das fontes.

Essas restrições acontecem quando os Estados Unidos, que levantaram as sanções contra a Síria impostas ao governo anterior, pediram às novas autoridades que tomassem medidas contra os aliados do Irã.
 

Um líder de uma facção palestina pró-iraniana que foi embora depois da queda de al-Assad em dezembro declarou sob condição de anonimato que "a maior parte dos líderes das facções palestinas que recebiam apoio de Teerã deixaram Damasco", enquanto outro que segue ali confirmou a situação.

"As facções entregaram todas as armas" às autoridades, que também receberam "listas com os nomes dos membros das facções que possuem armas individuais" e exigiram a entrega dessas, acrescentou a primeira fonte.

Uma terceira fonte palestina de uma pequena facção em Damasco confirmou a entrega de armas.

Entre os que foram embora estão Khaled Jibril, filho do fundador da Frente Popular para a Liberação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG), Ahmad Jibril, assim como o secretário-geral da Frente de Luta Popular Palestina, Khaled Abdel Majid, e o secretário-geral do Fatah al Intifada, Ziad al Saghir.

Os Estados Unidos, que consideram várias facções palestinas como organizações "terroristas", anunciaram na semana passada a suspensão das sanções impostas à Síria, depois de afirmar que Damasco deve responder a exigências como a repressão ao "terrorismo" e evitar que o "Irã e seus aliados explorem o território sírio".

As autoridades sírias, perguntadas pela AFP, não comentaram o assunto de imediato.

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