Mobilidade urbana e ESG: o papel do vale-transporte em estratégias de sustentabilidade corporativa
O transporte coletivo, quando bem estruturado, é uma das formas mais sustentáveis de deslocamento urbano
Nos últimos anos, as pautas ESG (ambiental, social e governança) passaram a ocupar um espaço cada vez mais estratégico dentro das empresas, impactando desde o modelo de negócio até a forma como a organização se relaciona com seus colaboradores.
No pilar ambiental, uma das questões mais relevantes, mas frequentemente subestimadas, é a mobilidade urbana. E é aí que o vale-transporte, um benefício tradicional e obrigatório pela CLT, pode se transformar em uma poderosa ferramenta de sustentabilidade corporativa.
Muito além da obrigação legal
Conforme estabelecido pela legislação trabalhista, o vale-transporte deve ser fornecido pelas empresas para garantir o deslocamento diário do colaborador entre sua residência e o local de trabalho, com desconto limitado a 6% do salário base. E embora a obrigatoriedade do benefício já represente um importante incentivo ao uso do transporte coletivo, é possível ir além do cumprimento da lei e incluir o vale-transporte em uma agenda estratégica de responsabilidade socioambiental.
Essa mudança de perspectiva começa quando os responsáveis pela gestão de pessoas entendem o transporte não apenas como um custo operacional, mas como um possível ponto de conexão entre qualidade de vida, impacto ambiental e inclusão social.
Transporte coletivo como aliado ambiental
O transporte coletivo, quando bem estruturado, é uma das formas mais sustentáveis de deslocamento urbano: ele reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa por passageiro transportado, além de contribuir para a diminuição do tráfego e do consumo de combustíveis fósseis, e ao incentivar sua utilização, as empresas contribuem diretamente com metas ambientais próprias e globais, especialmente aquelas ligadas à redução da pegada de carbono.
Quando o vale-transporte é pensado em conjunto com outras ações de mobilidade sustentável, o impacto ambiental positivo pode ser ampliado. É o caso de organizações que promovem o uso racional do transporte público por meio de políticas de escalonamento de horários, estímulo ao home office parcial ou integração com modais alternativos.
Ampliação para modais alternativos
Uma das formas mais eficazes de tornar o benefício ainda mais sustentável é ampliar o olhar sobre a mobilidade. Muitas empresas já começam a subsidiar, por exemplo, bicicletas compartilhadas, fretados ou até mesmo patinetes elétricos, principalmente em trechos complementares ao transporte coletivo.
Outro caminho promissor é o apoio à infraestrutura cicloviária. Disponibilizar bicicletários, vestiários e chuveiros nas unidades corporativas é uma forma simples e eficaz de estimular os colaboradores a adotarem a bicicleta como meio de transporte complementar, reduzindo ainda mais as emissões e promovendo o bem-estar físico.
A combinação com outras vantagens e benefícios dentro da empresa também pode ajudar a criar um plano mais abrangente, que contempla diversas outras áreas, com foco na sustentabilidade e na redução de impacto ambiental.
Educação para a mobilidade sustentável
Um elemento essencial para o sucesso dessas iniciativas é a conscientização. Campanhas internas sobre os benefícios do transporte coletivo e de modais sustentáveis ajudam a transformar a cultura da empresa e a engajar os colaboradores.
O RH pode assumir um papel ativo na promoção de ações educativas, como palestras, desafios de mobilidade (como “semana sem carro”), workshops com especialistas em mobilidade urbana e incentivo ao uso de aplicativos de planejamento de rotas que combinem transporte público, bicicleta e caminhada.
Além disso, pesquisas internas podem mapear o perfil de deslocamento dos colaboradores, ajudando a identificar oportunidades para personalizar as ações de mobilidade de forma mais eficiente.
O impacto social do acesso ao transporte
Vale lembrar que o transporte coletivo também é um agente de inclusão. Para muitos trabalhadores, ele representa o único meio viável de acesso ao trabalho, à educação e aos serviços essenciais. Ao garantir esse direito e buscar formas de melhorá-lo, a empresa reforça seu papel na promoção da equidade e da justiça social.
Incluir a mobilidade urbana nas estratégias de ESG é também olhar para a realidade dos diferentes perfis de colaboradores, respeitando suas necessidades e oferecendo condições dignas e seguras de deslocamento. Essa abordagem fortalece o engajamento, reduz a rotatividade e reforça a imagem da empresa como um ambiente que valoriza o ser humano.
O vale-transporte, embora previsto em lei, pode – e deve – ser tratado como uma peça central dentro das estratégias de sustentabilidade corporativa. Ele conecta os pilares ambiental e social do ESG, promove inclusão, reduz impactos negativos ao meio ambiente e ainda contribui para a saúde e o bem-estar dos colaboradores.
Cabe ao RH e à liderança de pessoas transformar esse benefício em um vetor de impacto positivo, promovendo a integração de políticas de mobilidade sustentável e fortalecendo o compromisso da organização com um futuro mais justo e responsável.
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