Seg, 08 de Dezembro

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ATHENA

Módulo privado dos EUA pousa na Lua, mas seu estado é incerto, diz controle da missão

Ao descer muito rapidamente, um dos pés do módulo de pouso se prendeu na superfície lunar, capotando e fazendo com que ele ficasse de lado

Os Estados Unidos estão trabalhando para tornar as missões lunares privadas rotineiras Os Estados Unidos estão trabalhando para tornar as missões lunares privadas rotineiras  - Foto: Handout/Intuitive Machines LLC/AFP

Um módulo privado americano conseguiu pousar na Lua nesta quinta-feira (6), embora as equipes de controle trabalhem para avaliar seu estado, e até mesmo se ele está em posição vertical, informou um porta-voz da empresa.

"Athena está na superfície da Lua", afirmou Josh Marshall, da Intuitive Machines, com sede em Houston, durante uma transmissão pela internet, cerca de 20 minutos depois que o robô pousou perto do polo sul lunar. "Estamos trabalhando para determinar a orientação do veículo", acrescentou.

No ano passado, a Intuitive Machines fez história como a primeira empresa privada a realizar um pouso suave na Lua, embora o momento tenha sido ofuscado por um incidente.

Ao descer muito rapidamente, um dos pés do módulo de pouso se prendeu na superfície lunar, capotando e fazendo com que ele ficasse de lado, o que limitou sua capacidade de gerar energia solar e encurtou a missão.

Mas desta vez, a empresa diz que fez melhorias significativas no módulo de pouso em forma de hexágono. Athena partiu na quarta-feira a bordo de um foguete da SpaceX.

Leva um conjunto ambicioso de cargas úteis, incluindo um drone único capaz de saltar e projetado para explorar passagens subterrâneas da Lua esculpidas por antigos fluxos de lava, uma broca que pode cavar quase um metro abaixo da superfície em busca de gelo e três veículos exploradores.

Grace, o drone saltador nomeado em homenagem à pioneira da informática Grace Hopper, pode roubar a cena se conseguir demonstrar que é capaz de navegar pelo acidentado terreno lunar.

Pousar na Lua apresenta desafios únicos devido à ausência de atmosfera, o que torna os paraquedas ineficazes. Em vez disso, as naves espaciais precisam recorrer a propulsores controlados com precisão para desacelerar a descida.

Os Estados Unidos estão trabalhando para tornar as missões lunares privadas rotineiras através do programa público-privado de Serviços Comerciais de Carga Lunar (CLPS) da Nasa, dotado com 2,6 bilhões de dólares (14,9 bilhões de reais).

Essas missões chegam em um momento crucial para a agência espacial, em meio a especulações de que poderia reduzir ou até mesmo cancelar seu programa lunar Artemis em favor de priorizar a exploração de Marte, um objetivo-chave tanto do presidente Donald Trump quanto de seu colaborador e fundador da SpaceX, o bilionário Elon Musk.

 

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