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Protestos

Morre um segundo detido nos protestos pós-eleições na Venezuela (ONG e família)

Desde que se iniciaram os protestos contra Maduro, já são 27 mortos e quase 200 feridos.

Manifestantes montam uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, estado de Carabobo, VenezuelaManifestantes montam uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, estado de Carabobo, Venezuela - Foto: Juan Carlos Hernandez / AFP

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Um segundo detido nos protestos que eclodiram após a controversa reeleição do presidente venezuelano Nicolás Maduro morreu na prisão, denunciaram neste sábado (14) uma ONG e o filho do preso, que afirmou que as autoridades negaram a morte de seu pai.

Jesús Rafael Álvarez, de 44 anos, detido no contexto da crise pós-eleições, faleceu na quinta-feira na prisão de máxima segurança de Tocuyito (Carabobo, região central), segundo informaram a ONG Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) e o Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos.

"Castigaram meu pai e o mataram na prisão", acusou seu filho, também chamado Jesús Álvarez, em um comunicado da OVP.

O jovem, de 22 anos, explicou que, ao saber da notícia pelas redes sociais, se dirigiu ao serviço de medicina legal, onde lhe mostraram apenas uma fotografia do cadáver para reconhecimento. Ele não o via desde a detenção, disse uma fonte do OVP à AFP.

Quando a família de Álvarez tentou iniciar os trâmites para retirar o corpo, os funcionários da prisão de Tocuyito garantiram que "não havia nenhum morto" no local.

Álvarez é o segundo detido que morre sob custódia desde que se iniciaram os protestos contra Maduro, os quais deixaram 27 mortos e quase 200 feridos.

O primeiro foi Jesús Manuel Martínez, de 36 anos, membro do partido da líder opositora Maria Corina Machado.

Mais de 2.400 pessoas foram detidas após os protestos que se seguiram à proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, em meio a alegações de fraude pela oposição. As autoridades informaram a libertação de cerca de 300 pessoas, embora a ONG Foro Penal, que defende "presos políticos", tenha conseguido registrar apenas cerca de 208, incluindo adolescentes.

O jovem também tem sua mãe detida e exige que ela seja libertada.

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