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Rio de Janeiro

Morte de idoso em Duque de Caxias por feijoada envenenada foi crime premeditado de R$ 4 mil

Estudante de Direito, filha da vítima, e duas mulheres, incluindo uma serial killer, são apontadas como executoras do plano

Parente de aposentado que teria sido morto pela filha diz que R$ 4,5 mil guardados desapareceramParente de aposentado que teria sido morto pela filha diz que R$ 4,5 mil guardados desapareceram - Foto: Reprodução

A morte do aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, que passou mal após comer uma feijoada no dia 26 de abril, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi um crime premeditado, que custou R$ 4 mil e contou com a participação de pelo menos três mulheres, incluindo a filha da vítima.

Foi o que revelou, nesta quinta-feira, o delegado Alisson Leite Hideão, do 1º Distrito de Guarulhos, da Polícia Civil de São Paulo, responsável por investigar o caso em conjunto com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), pouco antes de iniciar a exumação do corpo do aposentado. Uma perícia será realizada para confirmar se a comida servida estava envenenada.

Além da estudante de Direito Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, motorista de ônibus e filha da vítima, estão presas Ana Paula Veloso Fernandes e sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso.

Ana Paula foi presa preventivamente no dia 9 de julho, enquanto Roberta teve prisão temporária decretada em agosto. Segundo a polícia, Ana Paula é acusada de outros três homicídios ocorridos em São Paulo por envenenamento e é definida como serial killer. Roberta, por sua vez, participou indiretamente do crime.

— Embora tenha permanecido em Guarulhos na ocasião da morte de Neil, ela instigou, auxiliou e recebeu pagamento pelo crime — explicou o delegado.

Segundo a investigação, Ana Paula cobrou R$ 4 mil para executar o homicídio, mas descontou do valor um empréstimo feito por Michelle, que pagou efetivamente R$ 1,4 mil. As duas se conheceram durante a faculdade na Zona Norte do Rio, onde cursavam Direito.

A exumação do corpo de Neil Corrêa da Silva começou nesta quinta-feira, para confirmar se ele foi envenenado durante a refeição.

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