Sáb, 06 de Dezembro

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Musk admite que Doge não alcançou seus objetivos iniciais

Musk informou que, até agora, a comissão fez cortes de 160 bilhões de dólares, muito aquém do objetivo original de 2 trilhões

Elon Musk observa durante uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa Branca, em Washington, D.C.Elon Musk observa durante uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa Branca, em Washington, D.C. - Foto: Jim Watson / AFP

Elon Musk admitiu que sua comissão destinada a cortar gastos federais dos Estados Unidos, o famoso Doge, não conseguiu alcançar seus objetivos originais, após receber duras críticas, até mesmo dentro do governo de Donald Trump.

"É uma questão de quanta dor a administração e o Congresso estão interessados em suportar. Porque é possível fazer, mas requer lidar com muitas reclamações", declarou Musk na quarta-feira (30) à imprensa americana.

A entrevista, realizada depois de uma reunião de gabinete da qual Musk participou e que pode ser uma de suas últimas, foi publicada em vários meios nesta quinta-feira.

À frente do Doge desde janeiro, Musk informou que, até agora, a comissão fez cortes de 160 bilhões de dólares (905 bilhões de reais), muito aquém do objetivo original de 2 trilhões (11,3 trilhões de reais).

As cortes mais profundas exigiam reduções nos principais pontos do gasto público, como as pensões e a saúde dos aposentados, bem como no orçamento de defesa.

Em três meses, a comissão eliminou milhares de postos de trabalho no serviço público federal e cortou significativamente os subsídios federais.

Musk anunciou que agora se concentrará mais em sua empresa de carros elétricos, a Tesla, cujas vendas caíram drasticamente. Além disso, concessionários da empresa nos Estados Unidos e em outros países foram alvo de atos de vandalismo e protestos.

O experimento Doge não foi "muito divertido", admitiu o bilionário. A princípio, o trabalho da comissão estava previsto para até 4 de julho de 2026, mas Musk afirmou que poderia prolongar-se durante os quatro anos do mandato de Trump.

“Depende do presidente”, disse, esclarecendo, no entanto, que não desapareceria por completo e que queria manter o seu pequeno escritório na Casa Branca para suas visitas semanais a Washington.

O homem mais rico do mundo explicou que, com ou sem ele, o "Doge é uma arte de viver, é como o budismo". E acrescentou: “Buda já não está vivo. Mas ninguém se perguntaria: quem poderia liderar o budismo?”.

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