Sáb, 06 de Dezembro

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VATICANO

"Não tem mais perigo" de ser eleito, brinca brasileiro cotado para Papa

Dom Sérgio entrou no radar ao integrar órgão que faz nomeações ao episcopado, e diz se divertir ao ler as listas com os 'favoritos' a suceder Francisco

Dom Sergio da RochaDom Sergio da Rocha - Foto: Divulgação

Primeiro brasileiro a aparecer nas listas de papabili desde a morte do Papa Francisco, o cardeal-arcebispo de Salvador, Dom Sérgio da Rocha, afirmou neste domingo ao Globo que não corre o risco de ser eleito.

Isso não tem mais perigo. O pessoal aqui já criou juízo brincou.

Bem-humorado, o cardeal disse se divertir com as listas de virtuais favoritos a assumir o comando da Igreja:

Eu acho engraçado...

Apesar de desconversar sobre a possibilidade de ser eleito, Dom Sérgio tem evitado se expor. No domingo, ele abriu mão de rezar missa na Igreja de Santa Cruz do bairro Flaminio, da qual é titular em Roma. Preferiu celebrar a eucaristia no Colégio Pio Brasileiro, longe da curiosidade do público e do assédio da imprensa.

 

Na missa fechada, pediu orações para iluminar os participantes do conclave e o próximo Papa, lembrando que Francisco sempre pedia que os católicos rezassem por ele.

Nomeado cardeal por Francisco, em 2016, Dom Sérgio entrou no radar dos vaticanistas ao ser convocado para o Dicastério para os Bispos, órgão da cúria romana que cuida de nomeações para o episcopado. Em 2023, ele se tornou o primeiro brasileiro a participar do C-9, grupo de nove cardeais que auxiliavam o Papa no comando da Igreja.

Após a missa de domingo, Dom Sérgio disse que tem participado "muito serenamente" das reuniões pré-conclave.

Estamos vivendo um clima muito bom. É bem diferente do que as pessoas veem no filme afirmou, em crítica ao thriller "Conclave", que venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado.

Ele também reclamou da montagem divulgada pela Casa Branca em que o presidente Donald Trump aparece vestido de Papa.

Os cardeais não se deixam influenciar por nada disso. Se tem algum efeito sobre o conclave, é um efeito negativo.

Apesar das queixas no Vaticano, os jornais italianos continuam a publicar tabelas diárias com cardeais cotados para substituir Francisco. No tradicional Corriere della Sera, os nomes são acompanhados por setas para cima e para baixo, indicando quem sobe e quem desce nas bolsas de apostas.

No domingo apareciam em alta Pietro Parolin e Pierbattista Pizzaballa. O filipino Luis Antonio Tagle, citado como opção de Papa asiático, estava em baixa. O que não significa que na edição desta segunda-feira as posições não possam se inverter.

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