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GUERRA

Netanyahu acusa Macron ''de alimentar fogo antissemita''

O presidente Macron anunciou no final de maio que a França reconhecerá em setembro o Estado da Palestina, por ocasião da 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin NetanyahuPrimeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Foto: Ronen Zvulun / POOL / AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o presidente francês, Emmanuel Macron, "de alimentar o fogo antissemita" ao pedir o reconhecimento internacional do Estado da Palestina, segundo uma carta oficial enviada ao chefe de Estado francês.

"Eu o chamo para substituir a fraqueza pela ação, a calma pela vontade, e fazê-lo em uma data clara: o novo ano judaico, 23 de setembro de 2025", acrescenta a carta assinada por Netanyahu, datada de 17 de agosto e encaminhada à AFP nesta terça-feira (19).

"Estou preocupado com o aumento alarmante do antissemitismo na França e com a falta de ações decisivas de seu governo para enfrentá-lo. Nos últimos anos, o antissemitismo devastou as cidades francesas", escreveu Netanyahu.

"Desde suas declarações públicas atacando Israel e mencionando o reconhecimento de um Estado palestino, o antissemitismo aumentou", afirma.

"Após o ataque selvagem do Hamas contra o povo israelense em 7 de outubro de 2023, extremistas pró-Hamas e radicais de esquerda lançaram uma campanha de intimidação, vandalismo e violência contra os judeus em toda a Europa", uma campanha que "se intensificou na França" sob o mandato de Macron, aponta o primeiro-ministro israelense.

"Seu apelo por um Estado palestino alimenta esse fogo antissemita. (...) Recompensa o terrorismo do Hamas, reforça a recusa do Hamas em libertar os reféns, incentiva aqueles que ameaçam os judeus franceses e favorece o ódio aos judeus que agora vagueia pelas suas ruas", acusa Netanyahu.

O presidente Macron anunciou no final de maio que a França reconhecerá em setembro o Estado da Palestina, por ocasião da 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.


 

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