Ter, 23 de Dezembro

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No julgamento, Mysheva diz que réu teria comemorado a morte do promotor

Advogada ainda disse que ouviu pessoas falarem que Cavalcante estaria envolvido com roubos e furtos em Buíque

Policiais MilitaresPoliciais Militares - Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

A advogada Mysheva Martins - noiva do promotor de Itaíba morto em 2013, Thiago Faria Soares - afirmou durante o julgamento de José Maria Domingos Cavalcante, nesta segunda-feira (12), que não conhecia o réu pessoalmente, mas que as pessoas na cidade comentavam que ele "não seria boa pessoa" e que teria comemorado a morte de Thiago. Mysheva é a primeira testemunha ouvida.

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No depoimento, a advogada ainda disse que ouviu pessoas falarem que Cavalcante estaria envolvido com "gente ruim" - essas pessoas estariam ligadas a crimes e o próprio réu teria cometido furtos e roubos em Buíque, no Agreste. Mysheva ainda disse que "disseram" que Cavalcante e o irmão - Antônio Cavalcante Filho, atualmente foragido da Justiça Federal - teriam comemorado a morte do promotor.

Outras testemunhas

Também devem ser ouvidos nesta segunda-feira (12) o delegado Alexandre Alves, responsável pelas investigações conduzidas pela Polícia Federal, e Cláudia Tenório Freire de Melo, que é tia de Mysheva Martins e antiga moradora da Fazenda Nova - apontada como centro da disputa que culminou no assassinato de Thiago. O delegado Alfredo Jorge, que chegou a participar das investigações conduzidas pela Polícia Civil, também compareceu ao júri, mas foi dispensado.

Estão previstos ainda os depoimentos dos peritos criminais Carlos Henrique Silva, Gilberto Ribeiro e Carlos Eduardo Machado. Convocados para prestar esclarecimentos sobre as perícias, eles não entram no rol de testemunhas.

Pela defesa de José Domingos, foram convocados o perito perito Adamastor Nunes de Oliveira, Ana Carla Rolim de Oliveira, Dimas Fernandes de Oliveira, Edil Modesto de França, Enéas de França Filho e Sebastião Freitas Cavalcanti.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 14 de outubro de 2013 no interior de Pernambuco. Thiago Farias Soares estava com a noiva, a advogada Mysheva Martins, e o tio dela Adautivo Martins. Eles seguiam pela rodovia PE-300 a caminho de Itaíba, quando foram abordados por homens armados. Os tiros atingiram Thiago, que morreu na hora.

O veículo deles parou. O carro dos assassinos contornou a via e, segundo as investigações, retornou para tentar assassinar tio e sobrinha, que escaparam com vida após se jogarem para fora do veículo, na estrada. A arma do crime nunca foi encontrada.

De acordo com o advogado de Mysheva, José Augusto, a motivação do crime teria sido a compra de 25 hectares de uma fazenda em Águas Belas. O imóvel, que possuía uma extensão total de 1.800 hectares, foi adquirido por Mysheva em um leilão.

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