No Recife, mulher acusa laboratório de corte exagerado de cabelo em exame
"Perguntei se não estava cortando demais, ela disse que era o procedimento padrão", afirma a mulher
Uma mulher divulgou nas redes sociais uma denúncia contra o Laboratório Gilson Cidrim. Após um exame toxicológico realizado no dia 24 de fevereiro deste ano, na unidade localizada na avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, Solange Marinho notou que boa parte do seu cabelo havia sido cortada de forma descuidada. Ao questionar a funcionária responsável, a mesma teria respondido que este era o "procedimento padrão".
O exame toxicológico é uma determinação do Código de Trânsito Brasileiro e exigida pelo Departamento Estadual de Transito de Pernambuco (Detran-PE), assim como em todo País, para emissão da carteira de habilitação tipo D. O exame consiste em recolher uma pequena amostra de cabelo, cerca de 120 fios, para detectar se o condutor fez uso de algum tipo de droga em um período de 90 dias.
O Portal FolhaPE fez contato com o laboratório durante todo o dia, mas não houve um posicionamento oficial sobre o caso. Uma funcionária responsável apenas a confirmou que este não seria um procedimento padrão e que o fato está sendo apurado internamente. A reportagem apurou casos semelhantes com outros pacientes que passaram pelo mesmo procedimento no Gilson Cidrim.
Exame
“Ela mal dividiu meu cabelo, pegou a tesoura e começou a cortar. Eu perguntei se não estava cortando demais e ela disse que não, que havia feito um treinamento e que era o procedimento certo”, contou Solange ao FolhaPE. “Quando cheguei em casa mostrei a minha mãe, eu estava tão apavorada que nem queria ver, não pensei que estaria tão feio”.
Solange afirma que foi até o laboratório novamente no sábado (4) para falar com a funcionária que fez o exame, identificada como Raquel. De acordo com a paciente, a resposta foi a mesma. “Ela disse que tinha sido treinada para fazer o exame, não para ser cabeleireira”.