Metaverso: como as empresas podem se preparar para esse novo mundo?
A utilização do metaverso, rede extensiva de simulações e mundos 3D renderizados em tempo real, ainda é experimentada por um número ilimitado de usuários, mas essa prática vem cada vez mais despertando o interesse de pessoas e empresas. Não à toa, este foi um dos assuntos mais procurados nas pesquisas do Google em 2022. De olho em suas potencialidades, o metaverso vem sendo destino de investimentos de organizações e governos em busca de criar experiências imersivas nesse novo ambiente virtual, promissor aos mais diferentes tipos de negócios. No Brasil, de acordo com o estudo Imersos no metaverso, realizado pela PwC, 40% dos consumidores já usaram a realidade virtual para a compra de produtos (ainda que como teste), sendo 14% para artigos de luxo e 33% para compra de produtos digitais (avatares e arte digital, por exemplo). O estudo também traz a seguinte informação: o investimento global com realidade virtual aumentou 36,5% em 2021, atingindo a marca de US$ 2,6 bilhões. Além disso, entre 2021 e 2026, os gastos devem crescer a uma taxa anual acumulada de 24,1%, alcançando US$ 7,6 bilhões. Os dados são da 23ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2022-2026. De acordo com a PwC, há seis ações recomendadas às empresas que desejam usar essa estratégia para ampliar as experiências de seus consumidores: as três primeiras têm relação com oportunidades e casos de uso disponíveis a curto prazo, e as três demais ajudarão a construir os recursos para apoiar o sucesso do metaverso no futuro. As primeiras etapas consistem em acelerar para entender conceitos e a relevância deles aos negócios; recrutar profissionais já familiarizados com os conceitos-chave do metaverso; desenvolver planos de segurança e publicação de interfaces de programação de aplicativos para os principais sistemas, permitindo conexões externas; e testar o terreno, selecionando oportunidades disponíveis dentro das tendências do metaverso, por exemplo. As próximas ações visam ajudar a construir os recursos para apoiar o sucesso no metaverso no futuro. Dentre as recomendações estão: o foco na confiança, fundamental para os novos desafios de segurança cibernética e privacidade; repensar quais são os skills essenciais, fundamentando a estratégia digital baseada no novo universo; estabelecer uma conexão entre os ambientes físico e digital, buscando uma experiência de marca consistente nos dois ambientes. A ideia é agir pela utilização mais assertiva do metaverso, gerando oportunidades de grandes negócios para as empresas, as conectando com essa nova realidade virtual, sempre buscando uma experiência de marca consistente nos ambientes físico e digital para que o cliente encontre nesse novo mundo um correspondente do que encontrará no contato físico com a sua empresa.
*sócio da PwC Brasil
