Seg, 22 de Dezembro

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opinião

Os traidores

A traição e seus autores são aqueles que cometem crime perfidamente, praticando atos que atentam contra a segurança da pátria ou a estabilidade de suas instituições.

Desde registros bíblicos com “Judas” traidor de Jesus Cristo, ou na Roma antiga com “Marco Junio Bruto” ou simplesmente “Bruto” como era conhecido o militar romano, mas vamos dar milenar salto histórico para o Brasil colônia, Domingos Fernandes Calabar, ou o famoso traidor “Calabar” (1635), senhor de engenho em Porto Calvo no hoje Estado de Alagoas, que se aliou aos holandeses na invasão ao Nordeste brasileiro, adiante Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Grutes (1756-1818) ou “Silvério dos Reis” como era conhecido, entregou os inconfidentes mineiros à Coroa Portuguesa para ter sua dívida perdoada, iniciativa que culminou com a morte e esquartejamento do Alferes Joaquim José da Silva Xavier o “Tiradentes”, que liderava o movimento denunciado pelo traidor.

Sendo assim observamos, que desde a antiguidade até os dias de hoje, inclusive agora no Brasil, sem a necessidade de dar nome e sobrenome aos fartamente conhecidos delinquentes, os traidores sempre estiveram presentes, nas sombras, as escondidas, ou ousadamente à mostra ostensiva e corajosamente, desafiando à ética, a honestidade, as regras, as leis, a soberania, em proveito próprio se incensando com a hedionda celebridade conquistada, roubando a cena, às vezes até literalmente.

Inebriados com a luz dos holofotes, os traidores, especialmente aqueles que têm até a pátria como alvo de seus atos, esquecem que serão lembrados para sempre como execráveis seres quando a festa acabar, com relatos e fotos na galeria dos malditos da história, celebridades do mau, garantindo a inevitável transferência genética e comportamental aos seus descendentes, filhos e netos que tentarão apagar a ancestralidade prevista no ditado de que “filhos de peixe peixinhos são”.

Outra constatação observa, que os criminosos sempre voltam ao local do crime, cometido dentro ou fora da terra natal, rezamos para que não voltem, fiquem por lá mesmo, pois os de cá já tem problemas demais para administrar, e a presença inevitavelmente, mesmo atrás das grades fará lembrar que o que desejamos e precisamos, é esquecer, fazer de conta que nunca existiram para constrangimento e vergonha de todos nós, vítimas, buchas de canhão dos “greats” da humanidade e seus discípulos.

Por tudo que temos assistindo no cenário global, percebemos que talvez tenhamos involuído em termos humanitários, éticos e até mesmo democráticos e políticos, permeando a interação civilizada entre pessoas e nações com desmedidas agressões e desrespeito a tudo e todos, valendo apenas pela capacidade de fazer o mal, a crueldade é a regra, que nos leva a desconfiar que depois de ter passado pela era do “renascimento”, o mundo pratica a era do “padecimento” com o moderníssimo concurso da inteligência artificial, desprovida de alma e sentimentos de qualquer natureza, manipulada pelos filhotes da ditadura, como arma contra o Brasil, que continua resiliente pertencendo exclusivamente aos brasileiros.
 



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