"Queridos irmãos e irmãs"
Perdemos o Papa Francisco, patrono da humanidade, arauto da paz, da concórdia, e da união.
Pregador da empatia e da solidariedade entre os povos, Francisco alertava aos falsos líderes globais, que “não existe um caminho para a paz, a paz é o próprio caminho”.
Dedicando a vida e em especial o seu papado, aos pobres e fragilizados, temos o sentimento como espectadores da trajetória e retórica do Papa Francisco, de que ele se despediu na Páscoa, ressuscitando na sequência pela via do seu legado em prol da humanidade.
Sacrificando-se até o limite da resistência humana, conseguiu no seu último suspiro deixar como lição e exemplo, a abrangência e alcance global da sua diuturna pregação e onipresença em todos os quadrantes da Terra, contemplando sem qualquer distinção de credo ou cor os necessitados de carinho e atenção, essenciais a sobrevivência comum.
A penitência do Papa Francisco em nome de todos nós, pedindo perdão pelos erros e atrocidades que pontificam nos últimos tempos, precisa ser reconhecida como derradeiro sacrifício, merecedor do perdão divino para a salvação do mundo a beira do abismo sem volta.
Vale lembrar para uma reflexão da primeira mensagem do Papa Francisco dedicada ao Dia Mundial da Paz, recordando Bento XVI seu predecessor na Carta Encíclica “Caritas in Veritate”, afirmando, que “a falta de fraternidade entre pessoas e nações é uma das principais causas da pobreza”, inviabilizando a desesperada superação da miséria que castiga expressiva parcela da humanidade.
Sem a devida compreensão do que está ocorrendo, os gestores e lideranças globais se tornam incapazes de contribuir para as mudanças que se fazem urgentes e necessárias, permitindo o crescimento do contraste entre ricos e pobres geradores de conflitos e desespero, que conduzem a outras mazelas de natureza política, econômica e social.
É de fundamental importância o compadecimento pela miséria alheia, pela falta de fraternidade, e globalização da indiferença, que potencializam o risco iminente de tragédia humanitária sem precedente.
Francisco, afirmou que “a fraternidade pode representar o único caminho para a superação da pobreza extrema”, primeira vítima da adoração ao cifrão e tão somente ao cifrão.
Francisco, ou Chico, abrasileirando a terna referência, devoto do outro Chico, o de Assis, de onde estiverem intercederão por nós, robustecendo nossa esperança por tempos melhores, assim talvez ainda tenhamos tempo.
Que Deus nos acuda!
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