Otan reforçará flanco leste após intrusão de drones na Polônia
Atividade militar começará nos próximos dias
A Otan reforçará suas defesas no flanco leste após a intrusão de drones russos no espaço aéreo da Polônia nesta semana, anunciou nesta sexta-feira (12) o secretário-geral da aliança militar, Mark Rutte.
A aliança transatlântica mobilizou aviões de combate para derrubar as aeronaves russas pela primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia, há três anos e meio.
Os países-membros lançarão uma operação para "reforçar ainda mais nossas posições ao longo do nosso flanco leste", próximo ou limítrofe com a Rússia, afirmou Rutte à imprensa em Bruxelas.
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"Essa atividade militar começará nos próximos dias e envolverá uma série de recursos de aliados, incluindo Dinamarca, França, Reino Unido e Alemanha", acrescentou.
O chefe da organização disse que esses reforços incluirão "mais capacidades militares tradicionais" e "elementos projetados para enfrentar os desafios particulares associados ao uso de drones".
Rutte explicou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ainda avalia se a Rússia violou intencionalmente ou não o espaço aéreo da Polônia. Porém, de qualquer forma, "é imprudente, é inaceitável", apontou.
Ao lado de Rutte, o comandante máximo da Otan na Europa, o general americano Alexus Grynkewich, afirmou que o incidente na Polônia "transcende as fronteiras de uma nação". "O que afeta um aliado nos afeta a todos", assegurou.
Embora a Otan tenha celebrado como um sucesso sua resposta à incursão dos drones, também surgiram questões sobre por que apenas parte das aeronaves que penetraram o espaço aéreo polonês puderam ser derrubadas.
"Sempre buscamos formas de melhorar, de aprender com o menor dos erros táticos", disse o general americano.
"A escala da incursão do outro dia foi obviamente maior do que as incursões anteriores que tivemos. Disponibilizar recursos adicionais para lidar com esse problema ajudará a resolvê-lo", sentenciou.
O ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, agradeceu à Otan por sua "ação e decisões contundentes em resposta à política agressiva da Rússia".
O novo desdobramento "não é apenas uma decisão estratégica", mas "uma expressão de responsabilidade pela segurança de todo o flanco oriental da aliança", ressaltou.

