Pernambuco disponibiliza vacina contra hepatite A para usuários da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV
Antes, vacina era somente recomendada para crianças aos 15 meses de vida, com possibilidade de aplicação até os 5 anos incompletos
Pernambuco passou a disponibilizar a vacinação contra a hepatite A para usuários da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), utilizada para a prevenção do HIV.
Segundo a gestão, 6.455 pessoas fazem o uso da PrEP no estado e estão elegíveis ao imunizante contra a hepatite A, doença que pode ser transmitida por via sexual ou após a ingestão de água e/ou alimentos contaminados.
Até então, a vacina era somente recomendada para crianças aos 15 meses de vida, com possibilidade de aplicação até os 5 anos incompletos e em pessoas com imunodeficiências.
A nova recomendação que amplia o público apto à vacinação é do Ministério da Saúde, e passa a valer para estados e municípios de todo o Brasil.
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Segundo a recomendação, usuários com indicação de PrEP apresentam maiores taxas de hepatite A. A inclusão do imunizante para esse público busca ampliar a cobertura e reduzir as consequências da doença.
"A vacinação contra hepatite A é altamente recomendada para pacientes em uso de PrEP, pois ajuda evitar surtos em populações vulneráveis, reduzindo o risco de adoecimento com gravidade, uma vez que em adultos a doença pode ter uma evolução mais grave", destacou a superintendente de Imunizações do estado, Magda Costa.
Esquema de vacinação contra a hepatite A
Para usuários da PrEP, a imunização deverá ser realizada em duas doses, sendo a situação vacinal analisada previamente. Para quem não possui histórico vacinal, são indicadas duas doses do imunizante com intervalos de 6 meses entre elas.
Segundo a gestão estadual, para a aplicação da vacinação, é necessário apresentar a receita da PrEP para comprovar a indicação junto ao profissional de saúde.
Para as pessoas com 18 anos e mais, o imunizante deverá ser aplicado nos Serviços de Atenção Especializada (SAE), onde o usuário já realiza a dispensação do medicamento de forma regular.
Já para a população de 15 a 17 anos, que faz uso da profilaxia, o imunizante pediátrico continuará sendo disponibilizado nas unidades de saúde e postos de vacinação da rede municipal de saúde.
Segundo o Governo de Pernambuco, o Brasil enfrenta aumento considerável de casos de hepatite A em grandes centros populacionais, como nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Em 2025, até o momento, foram confirmados 19 casos da doença em Pernambuco.
Sobre a hepatite A
Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), a hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, conhecida como "hepatite infecciosa", que é, na maioria dos casos, de caráter benigno.
A principal forma de transmissão é o contato oral-fecal e está ligada a condições inadequadas de saneamento básico, higiene pessoal e pelo consumo de água e alimentos contaminados. Também pode ocorrer por práticas sexuais oral-anal, ou outras formas de exposição a resíduos fecais.
Os sintomas podem se manifestar inicialmente pela fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, seguidos de sintomas gastrointestinais como enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A urina também pode ficar escura, e a pele e olhos, amarelados. O diagnóstico da infecção é realizado por exame de sangue.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, não há tratamento específico para hepatite A. A orientação é procurar um profissional médico para a prescrição do medicamento mais adequado.
A prevenção deve ocorrer por meio da vacinação contra a hepatite A a ser aplicada nos anos iniciais de vida. O imunizante é considerado eficaz e seguro pelo MS.

