Petição contra terapias para pessoas LGBTQ+ na UE se aproxima de um milhão de assinaturas
A ONU já pediu a abolição das terapias, mas, segundo um dos grupos de defesa da comunidade, foram eliminadas em apenas oito dos 27 países do bloco
Uma petição de iniciativa de cidadãos europeus pedindo o fim das terapias de conversão para pessoas LGBTQ+ se aproximou da marca de um milhão de assinaturas, nesta sexta-feira (16).
Com a superação do limiar necessário de um milhão de assinaturas, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, deverá agora apresentar um detalhe de como pretende agir em relação ao tema.
A campanha, lançada em 17 de maio do ano passado, superou um milhão de assinaturas pouco depois das 14h GMT (11h no horário de Brasília) desta sexta-feira (16), um dia antes do prazo previsto para esses pedidos de iniciativa popular.
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Essa petição foi feita pelo estudante francês Matteo Garguilo, de 21 anos.
A campanha teve um aumento explosivo em seus apoios depois de ser compartilhada em uma rede social pela popular cantora belga Angèle, e em seguida recebeu o apoio do ex-primeiro ministro da França Gabriel Attal.
"As terapias de conversão devem ser abolidas da Europa", pediu Angèle em suas redes sociais, onde ela tem milhões de seguidores.
As chamadas terapias de conversão usam métodos para modificar a orientação sexual ou identidade de gênero de pessoas LGBTQ+.
A ONU já pediu a abolição das terapias, mas, segundo o grupo de defesa desta comunidade ILGA, foram eliminadas em apenas oito dos 27 países do bloco (França, Bélgica, Chipre, Alemanha, Malta, Espanha, Portugal e Grécia).

