Petróleo fecha em alta de mais de 3% com novo prazo de Trump para Rússia acabar com guerra
Caso não haja recuo, serão implementadas tarifas a Moscou, enfatizou o republicano
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta de mais de 3% nesta terça-feira (29) estendendo o rali de ontem, após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que a Rússia tem "10 dias a partir de hoje" para acabar com a guerra na Ucrânia. Caso não haja recuo, serão implementadas tarifas a Moscou, enfatizou o republicano.
Leia também
• Trump diz que sancionará Rússia se país não acabar com guerra na Ucrânia em 10 dias
• Trump ameaça impor tarifas à Rússia se guerra na Ucrânia não terminar em 10 dias
• Rússia condena jornalista a 12 anos de prisão por ser colaboradora de Navalny
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro avançou 3,74% (US$ 2,50), a US$ 69,21 o barril. Já o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta de 3,40% (US$ 2,36), a US$ 71,68 o barril. Nas máximas do dia, o WTI e Brent atingiram maior nível desde 23 de junho.
Em coletiva a bordo do Air Force One, Trump admitiu incertezas sobre o impacto das possíveis medidas contra a o Kremlin. "Não sabemos ainda o quanto as tarifas vão ou não afetar a Rússia", disse ele, que ponderou não temer impactos no mercado energético caso aplique as sanções. "Temos tanto petróleo nos EUA e iremos simplesmente aumentar ainda mais a produção", acrescentou.
O novo prazo pegou muitos analistas de surpresa e, se aplicado, pode restringir o fornecimento de petróleo bruto e combustível russo ao mercado global, diz Dennis Kissler, do BOK Financial.
À respeito das negociações entre EUA e China, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, sinalizou que Pequim poderá estar sujeita a tarifas de 100%, se continuar a comprar a commodity da Rússia, em coletiva de imprensa ao lado do Representante Comercial (USTR), Jamieson Greer, nesta tarde.
No radar dos investidores de energia, os estoques de petróleo bruto dos EUA provavelmente caíram pela terceira semana consecutiva, à medida que as refinarias mantiveram uma alta taxa de utilização de capacidade, de acordo com uma pesquisa do The Wall Street Journal.
*Com informações da Dow Jones Newswires

