Seg, 29 de Dezembro

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INCLUSÃO

Plataforma oferece experiência imersiva sobre o patrimônio de PE para pessoas com deficiência visual

Iniciativa "Paisagens Sonoras" busca apresentar parte do patrimônio cultural do estado por meio da audiodescrição

Prefeitura do Recife reabre o Parque de Esculturas Francisco Brennand Prefeitura do Recife reabre o Parque de Esculturas Francisco Brennand  - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

O Governo de Pernambuco lançou, neste mês, a plataforma digital Paisagens Sonoras. A iniciativa busca tornar acessíveis paisagens naturais, históricas e culturais do estado a pessoas com deficiência visual. 

O projeto oferece uma experiência sensorial baseada na audiodescrição, com trilhas sonoras imersivas que apresentam elementos sonoros e descritivos de locais emblemáticos de Pernambuco.

A plataforma conta com 36 áudios imersivos, disponíveis gratuitamente no site www.paisagenssonoras.com.br. A iniciativa reúne gravações feitas em diversas localidades do estado, como Bonito, Maracaípe, Tamandaré, Ipojuca, Petrolândia e Vicência. 

Cada faixa tem cerca de um minuto de duração e combina paisagens acústicas com informações históricas e descrições orais dos espaços. A proposta é resultado de uma construção pensada desde o início com foco na acessibilidade. 

“A gente queria inverter a lógica da criação. Em vez de adaptar depois, fizemos um conteúdo que já nasce com esse público no centro do projeto. É uma forma de produzir cultura com inclusão real”, explica o idealizador e diretor do projeto, Mateus Guedes.

O conteúdo foi desenvolvido com a consultoria da Vouser Acessibilidade e respeita diretrizes técnicas para garantir que os áudios transmitam sensações como profundidade, textura e temperatura. 

A equipe responsável contou com mais de 20 profissionais, incluindo historiadores, roteiristas, técnicos de som e especialistas em acessibilidade.

Financiado por meio do Funcultura, fundo de incentivo à cultura do estado, o Paisagens Sonoras também prevê a instalação de QR Codes em espaços públicos como museus, praças e escolas. 

O objetivo é ampliar o acesso ao conteúdo por meio de dispositivos móveis, aproximando o patrimônio estadual de pessoas que vivem longe dos grandes centros urbanos.


 

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