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Visita

PMPE e Justiça Militar de São Paulo compartilham experiências de atuação

Polícia Militar recebeu a visita do juiz Ronaldo João Roth

Autoridades se reuniram no Quartel do Comando Geral, no bairro do DerbyAutoridades se reuniram no Quartel do Comando Geral, no bairro do Derby - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Oficiais da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) receberam, nesta quinta-feira (30), a visita de cortesia do juiz de Direito da 1ª Auditoria da Justiça Militar do Estado de São Paulo, Ronaldo João Roth. O encontro ocorreu no Quartel do Comando Geral, no bairro do Derby, na área central do Recife.

Participaram da reunião o Juiz Direito da Vara da Justiça Militar de Pernambuco,  Francisco Galindo, o coronel Arlis Gadelha Xavier, chefe do Estado Maior Geral da PMPE, representando o Subcomando da corporação, o tenente coronel Fábio Fiquene, chefe da Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), e o major Demetrios Cavalcanti, subcomandante da  Companhia Independente de Policiamento com Cães e instrutor de Processo Penal Militar do Curso de Formação de Oficiais da PM.
 
Durante o encontro, foram discutidos assuntos relacionados à atuação da Polícia e da Justiça Militar. “Aproveitamos a oportunidade para trocarmos informações na área técnica em diversos temas comuns às polícias militares de todo o Brasil e também às Justiças Militares. Nós temos alguns temas que são de altíssimo porte, por exemplo, aqueles que envolvem a apuração dos crimes militares após a Lei 13491/17”, comentou o juiz Roth.
 
Atribuições militares
 
“Após a vigência dessa lei, que já completou quatro anos, as polícias militares realizam o mesmíssimo trabalho da polícia civil, dos delegados de polícia. Então, os oficiais da polícia militar, que são aqueles que detêm a atribuição de polícia judiciária militar, apuram os mesmos crimes que são apurados pelos delegados de polícia, só que com uma diferença: enquanto os delegados de polícia apuram os crimes que têm como autores os civis, os oficiais da PM apuram os mesmos crimes que têm como autores os policiais militares”, explicou. 
 
O magistrado também levantou a discussão sobre o ciclo completo de polícia, que atribui atividades de patrulhamento ostensivo e de investigação criminal a uma mesma organização policial, e a criação de um tribunal de Justiça Militar em Pernambuco.

“O ciclo completo de polícia hoje é uma necessidade na área de segurança pública do Brasil, vez que o Brasil ocupa uma das piores posições no mundo em matéria de índices de elucidação de crimes”, apontou. “ A criação de um tribunal de Justiça Militar aqui de Pernambuco vai fortalecer, e muito, essa atividade de controle da Polícia Militar, de uma apuração imediata, dando maior estrutura e velocidade a soluções que envolvem as atividades da PM, completou.
 
Intercâmbio de experiências
 
O coronel Arlis Gadelha destacou a importância do intercâmbio de experiências entre as instituições. “Para a gente é uma honra, uma satisfação, receber autoridades do Judiciário não só aqui de Pernambuco como de outros estados. É uma experiência que de certa forma vem a contribuir com o trabalho que o juiz auditor aqui no Estado vai desempenhar e também permite à Polícia Militar se inserir dentro desse contexto para que o Estado, as nossas ações de controle, de disciplina, as ações que nossa Delegacia de Polícia Judiciária executa, estejam mais ciente do que está acontecendo em todo o Brasil”, disse.
 
O juiz Francisco Galindo reforçou o valor do compartilhamento de informações. “O mais importante de um encontro dessa natureza é ressaltar a troca de experiências, tendo em vista que a estrutura de São Paulo é mais complexa porque há uma Justiça de Primeiro Grau, um tribunal especializado, o Tribunal de Justiça Militar, e nós não temos aqui em Pernambuco. E essa troca de informações é exatamente para a gente poder desenvolver um trabalho aqui no Estado, um trabalho direcionado à solução de conflitos com rapidez e levando em consideração essa experiência mais macro”, frisou. 
 
Museu da PMPE
 
O encontro também contou com visita ao Museu da Polícia Militar de Pernambuco, localizado no Quartel do Derby, O espaço foi fundado em 1978 e reúne artigos que fazem parte da história da corporação, como veículos, armamento e fardas. “As pessoas pensam que museu só guarda peças antigas mas, na verdade, museu guarda peças com contexto histórico”, comentou o gerente do museu, sargento Leandro. 
 
De acordo com a corporação a visitação é aberta ao público mediante agendamento pelo telefone (81) 3181-1318. O espaço funciona de segunda a sexta-feira. 

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