Premiê polonês atribui a 'hackers russos' ciberataque contra sites de seu partido
"Um grupo de hackers russos que opera no Telegram atacou sites da Coalizão Cívica", escreveu o primeiro-ministro na rede social X
O primeiro-ministro polonês acusou "hackers russos" de serem responsáveis por ataques cibernéticos contra sites de seu partido pró-europeu nesta sexta-feira (16), a dois dias do primeiro turno das eleições presidenciais.
O candidato do partido governante Coalizão Cívica (PO), o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, lidera as pesquisas de opinião antes do primeiro turno das eleições de domingo.
O gabinete do primeiro-ministro havia anunciado na primeira hora da tarde que um "ataque de negação de serviço por saturação" teve como alvos sites do partido desde as 4h00 de Brasília.
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"Um grupo de hackers russos que opera no Telegram atacou sites da Coalizão Cívica", escreveu o primeiro-ministro Donald Tusk na rede social X, acrescentando que "o ataque continua".
Segundo a administração do chefe de governo, trata-se do site principal do PO e de outro dedicado a arrecadações de fundos para a campanha, os quais foram "temporariamente desativados".
De acordo com o primeiro-ministro, os sites de seus aliados de governo, Lewica e Partido Popular da Polônia (PSL), também foram alvos do mesmo ataque.
O Instituto Polonês de Pesquisa especializado em segurança cibernética (NASK) reportou, na quinta-feira, tentativas de interferência na campanha eleitoral mediante mensagens "coerentes com a linha de propaganda" russa.
Campanhas anônimas de apoio a Rafal Trzaskowski nas redes sociais, desacreditando seus dois principais rivais, também são objeto de uma investigação por parte dos serviços de inteligência.
O candidato pró-europeu nega qualquer vínculo com estas campanhas.
Treze candidatos de todo o espectro político disputam a Presidência deste país de 38 milhões de habitantes, membro da UE e da Otan.
Trzaskowski conta com cerca de 30% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas.
O historiador nacionalista Karol Nawrocki, apoiado pelo principal partido de oposição da direita, Lei e Justiça (Pis), se encontra em segundo lugar, com aproximadamente 25%.

