Preso por matar a menina Hadassa foi condenado por roubo em 2021
Suspeito e outros dois comparsas realizaram uma série de assaltos na Praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio

Preso pela morte da menina Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, Reynaldo Rocha Nascimento, de 22 anos, primo de segundo grau da mãe da vítima, já havia sido preso em janeiro de 2021. Na ocasião, o criminoso e outros dois comparsas realizaram uma série de assaltos na Praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio.
O grupo, reconhecido pelas vítimas e testemunhas, foi detido por uma equipe da Guarda Municipal. Reynaldo foi denunciado pelo Ministério Público e na Justiça, respondeu por roubo majorado e corrupção de menores.
Uma das mulheres assaltadas contou "que estava na praia quando viu os três rapazes parados e que, quando se deu conta, um deles já estava agachado em suas costas, dizendo 'não corre, não grita, senão eu vou te furar toda'. Que olhou bem no rosto do roubador e que ele lhe disse para não correr, pois havia um comparsa esperando no calçadão, e que entregou seus pertences porque ficou muito assustada".
Já uma segunda, abordada na pedra do Arpoador, relatou que sentiu medo de ser jogada no mar e, por isso, entregou os pertences. Durante a audiência de custódia, a juíza Ariadne Villela Lopes não converteu a prisão em flagrante em preventiva, pois os criminosos não estavam aptos "a vulnerar a ordem pública".
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"Verifica-se que tais fatos mostrando-se isolados no contexto de vida dos custodiados, visto que ambos são primários, não ostentando nenhuma anotação criminal (conforme FAC de fls.57/60 e 63/66), a demonstrar que a concessão da liberdade provisória a ambos não se mostra apta a vulnerar a ordem pública. Assim deixo de converter as prisões em flagrante em prisões preventivas", diz um trecho do documento.
Na sentença dada pelo juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, em agosto deste ano, Reynaldo foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto. O magistrado determinou, ainda, a expedição de um mandado de prisão. No entanto, o documento nunca foi despachado.
Hadassa foi morta após ser abusada por Reynaldo. O suspeito confessou o crime e foi preso no último sábado. Ele admitiu que raptou, estuprou, colocou o corpo da criança em um saco de ração e escondeu em um valão. A menina foi enterrada nesta segunda-feira.
