Putin ''não descarta'' tomar cidade ucraniana de Sumy
Os soldados russos enfrentam um Exército ucraniano com cada vez menos recursos e em condições difíceis em todo o front
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (20) que não descarta tomar a estratégica cidade ucraniana de Sumy, coincidindo com um avanço das forças russas na região homônima, situada no nordeste da Ucrânia.
O Exército russo, que lançou uma ofensiva em larga escala na Ucrânia em fevereiro de 2022, intensificou nas últimas semanas a pressão sobre o oblast (região administrativa) de Sumy, na fronteira com a Rússia.
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Os soldados russos enfrentam um Exército ucraniano com cada vez menos recursos e em condições difíceis em todo o front.
"Não temos como objetivo tomar Sumy, mas, em princípio, não excluo essa possibilidade", declarou o presidente russo durante uma conversa no fórum econômico de São Petersburgo.
"São uma ameaça constante para nós, bombardeiam constantemente as regiões fronteiriças", acrescentou Putin, ao se referir às forças ucranianas.
Em resposta, a Ucrânia acusou Putin de mostrar "desprezo" pelo processo de paz iniciado por Washington. As negociações entre Moscou e Kiev, por ora, estão em ponto morto.
"As declarações cínicas de Putin mostram um desprezo absoluto pelos esforços de paz americanos", escreveu o chanceler ucraniano, Andrii Sybiha, na rede social X.
"A única forma de obrigar a Rússia a fazer a paz é privá-la de sua sensação de impunidade", acrescentou.
Moscou ocupa atualmente um quinto do território ucraniano e reivindica quatro regiões administrativas do país vizinho, além da península da Crimeia, que anexou em 2014.

