Dom, 07 de Dezembro

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Conflito

Reino Unido anuncia retirada de diplomatas do Irã

A decisão acompanha o posicionamento de outros países europeus que também fecharam embaixadas em Teerã

Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir StarmerPrimeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer - Foto: Toby Melville/AFP

O Reino Unido anunciou que retirou toda a equipe diplomática do Irã por conta dos conflitos entre a república islâmica e Israel.

A decisão publicada nesta sexta feira segue uma tendência criada por outras nações européias que, por serem aliadas dos Estados Unidos, também fecharam temporariamente embaixadas no país, como Suiça e Portugal.

“Devido à atual situação de segurança, tomamos a medida de precaução de retirar temporariamente nosso pessoal britânico do Irã. Nossa embaixada continua funcionando à distância”, anunciou o Ministério das Relações Exteriores britânico em um comunicado.

“Levamos extremamente a sério a proteção de nosso pessoal e dos cidadãos britânicos, e há muito tempo desaconselhamos qualquer viagem ao Irã”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores britânico.

Pouco antes, a Suíça havia anunciado o fechamento “temporário” de sua embaixada em Teerã, mas informou que continua representando os interesses do governo americano no Irã.

“O pessoal expatriado deixou o território iraniano e está em segurança”, informou o Ministério das Relações Exteriores suíço. Cinco membros do pessoal suíço expatriado e seus acompanhantes já haviam deixado o Irã com destino ao Turcomenistão em 17 de junho. Outros sete membros da equipe, incluindo a embaixadora Nadine Olivieri Lozano, deixaram agora o país por via terrestre e já se encontram no Azerbaijão.

O Ministério das Relações Exteriores suíço “mantém um contato estreito” com o pessoal local, que por razões de segurança já não comparece às instalações da embaixada.

Na ausência de relações diplomáticas ou consulares com o Irã, a Suíça representa oficialmente os interesses dos Estados Unidos no país asiático desde 1980, por meio de sua embaixada em Teerã, como parte de seus “bons ofícios”.

A Austrália também anunciou na sexta-feira que suspendeu as operações de sua embaixada em Teerã e ordenou a saída de seu pessoal diplomático e familiares do Irã. “Não é uma decisão tomada de forma leviana. Está baseada na deterioração do ambiente de segurança no Irã”, declarou a ministra australiana das Relações Exteriores, Penny Wong, em uma coletiva de imprensa em Adelaide.

O governo australiano aconselhou todos os seus cidadãos a deixarem o Irã, se puderem fazê-lo de forma segura.

Segundo a ministra, cerca de 2.000 australianos e membros de suas famílias desejam sair do Irã, enquanto 1.200 cidadãos do país oceânico se encontram em Israel.

Portugal, Bulgária, República Tcheca e Nova Zelândia também fecharam temporariamente suas missões diplomáticas no Irã.

Israel, que acusa o Irã de ter estado prestes a desenvolver uma arma nuclear, lançou ataques aéreos contra seu inimigo declarado há uma semana, provocando confrontos mortais.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira que dava a si mesmo “duas semanas” para decidir sobre uma possível intervenção militar de seu país contra o Irã junto com Israel.

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