Seg, 08 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
INDONÉSIA

Resgate de brasileira na Indonésia: como é o vulcão onde Juliana Marins caiu?

Juliana Marins, que fazia mochilão pela região, aguarda socorro desde as 19h (horário de Brasília) da última sexta-feira após sofrer um acidente em trilha no Monte Rinjani

Equipes buscam por Juliana Marins, que caiu durante trilha no Monte Rinjani Equipes buscam por Juliana Marins, que caiu durante trilha no Monte Rinjani  - Foto: Instagram

Leia também

• Terreno íngreme dificulta resgate de jovem que caiu em penhasco na Indonésia; o que se sabe até aqui

• Turista brasileira cai na Indonésia: acidentes graves se repetem em trilha famosa no Monte Rinjani

• "Espero voltar com minha filha viva", diz pai de brasileira que sofreu queda em vulcão na Indonésia

O Monte Rinjani, na ilha de Lombok, onde a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, sofreu uma queda durante uma trilha guiada, abriga o segundo vulcão mais alto da Indonésia e é destino de milhares de turistas todos os anos. A publicitária, natural de Niterói, aguarda resgate no local desde as 19h da última sexta-feira (horário de Brasília), 5h de sábado no horário local.

Como é o vulcão na Indonésia?
O vulcão se situa na região do "Anel de Fogo" — a linha de terremotos e erupções vulcânicas frequentes que circunda praticamente toda a orla do Pacífico. Com 3.726 metros de altura, o Rinjani é um popular destino de caminhadas na ilha de Lombok. São populares, por exemplo, excursões de três dias até o cume da montanha, que contém um lago em sua caldeira.

A caldeira, de 6 por 8,5 quilômetros, fica preenchida parcialmente pelo lago, a cerca de 2.000 metros acima do nível do mar, conhecido como Segara Anak ou Anak Laut (Filho do Mar), pela cor azul da água. A montanha é considerada sagrada para o povo local. A Unesco reconheceu o Monte Rinjani como um Geoparque Global em 2018.

Lombok fica nas Ilhas Menores da Sonda, um arquipélago composto por Bali, Sumbawa, Flores, Sumba e Timor. Lombok e Sumbawa, especificamente, ficam na porção central do Arco de Sunda, terreno de alguns dos vulcões considerados mais perigosos do mundo. Em altura, o Rinjani perde apenas para o vulcão Kerinci, em Sumatra.

Quando o vulcão Rinjani entrou em erupção?
Monitorado constantemente pelas autoridades locais, o Rinjani entrou em erupção pela última vez em 2016. Na ocasião, o cone vulcânico Barujari, dentro da caldeira, expeliu cinzas que forçaram o fechamento do espaço aéreo regional e do Parque Nacional. Em 2018, mais de 680 pessoas ficaram isoladas na montanha do vulcão após um terremoto de magnitude 6.4 da escala Richter e precisaram ser resgatadas por especialistas em terra e profissionais com helicópteros.

Como está o resgate de Juliana Marins?
As buscas pela publicitária foram retomadas na noite desta segunda-feira, por volta das 20h (6h no horário local). A família divulgou uma atualização nas redes sociais, informando que o resgate foi retomado às 6h (horário local) desta terça-feira.

Uma furadeira de grande porte foi levada ao local para abrir passagem em trechos inacessíveis da encosta — parte de um "plano B" da operação. Ainda segundo os familiares, há expectativa de uso de helicóptero entre 11h e 12h (horário local), se as condições climáticas e aéreas permitirem.

"A equipe de resgate desceu 400m, mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650m de distância. Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem. Há dois helicópteros de resgate (um em Sumbawa, outro em Jacarta) de sobreaviso, aguardando a confirmação do espaço aéreo para poder decolar e iniciar o planos de voo. Agora são 10h49 em Lombok."

Com emoção, a irmã da jovem, Mariana Marins, expressou a ansiedade da família diante do avanço da noite: "Tá chegando a noite, a nossa expectativa aumenta, o resgate vai ser retomado. A gente está na expectativa de ver a Juliana novamente, viva e bem aqui com a gente".

Pouco tempo depois de saber da retomada do resgate, a irmã da publicitária, que é natural de Niterói, convidou o público a se unir numa corrente de boas energias a Juliana.

"Quero agradecer toda energia positiva, todo carinho que vocês têm enviado. Tenho certeza que ela está sentindo isso lá agora e isso está mantendo ela viva. Eu sinto isso. A gente não tem confirmação do estado, mas tenho certeza que isso tá fazendo muita diferença. Vamos trazer a Juliana pra casa".

Veja também

Newsletter