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FOREVER ALONE

Sem companhia para o Natal? Veja seis dicas para estimular o cérebro solitário no fim de ano

Neurologista sugere práticas para que a solidão não afete negativamente o funcionamento do corpo

Natal pode ser solitário para quem está longe da família e dos amigosNatal pode ser solitário para quem está longe da família e dos amigos - Foto: Freepik

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Supõe-se que o Natal e o Réveillon sejam épocas mágicas, que representem renovação e alegria, com uma ampliação da conexão social. Infelizmente, não são todas as pessoas que têm um grupo de amigos e familiares por perto. O que fazer com o sentimento de solidão nas festas de fim de ano?

Socializar beneficia o cérebro ao estimular a função cognitiva e ao reduzir hormônios do estresse, como o cortisol, o que diminui a inflamação e a pressão arterial. Por isso, cultivar a saúde mental nesse período pode ser algo também benéfico para a saúde física.

 

O neurologista e professor Joel Salinas listou ao New York Post seis dicas para um fim de ano com um cérebro mais saudável:

Comece um hobby
Segundo o especialista, aprender algo novo, como um idioma ou um instrumento, pode desencadear o crescimento de novas conexões neurais no cérebro, mantendo-o jovem ao envolver diferentes áreas cerebrais. As práticas possuem benefícios especialmente em pacientes pacientes afetados por problemas de memória e raciocínio e por formas de demência, como a doença de Alzheimer.

Um novo hobbie pode ter um papel importante: qualquer atividade escolhida deve ser complexa o suficiente para exigir algum esforço, mas não tão difícil a ponto de desmotivá-lo.

Tocar violão, por exemplo, pode estimular as partes do cérebro dedicadas à coordenação, foco e memória. Praticar uma nova luta ou fazer um curso de culinária também são boas sugestões.

Complete um quebra-cabeça
Você provavelmente já ouviu dizer que jogos de palavras, ou que envolvem números, como Sudoku, aguçam a mente.

O essencial para a saúde cerebral é garantir que ele seja realmente desafiado, para estimular as novas conexões que buscamos criar. Qualquer tipo de quebra-cabeça é bem-vindo.

Solte o corpo
Apenas a música, por si só, já apresenta benefícios terapêuticos, mas aulas de dança são ainda melhores, pois são atividades físicas, sociais e cognitivas ao mesmo tempo. Uma dica do médico é criar uma playlist que evoque memórias felizes da adolescência ou do começo da vida adulta. Isso mudará o clima do ambiente, aliviando o estresse e ativando as regiões cerebrais associadas ao prazer, à memória e à emoção.

Abrace a tecnologia
Se você não estiver perto de entes queridos nesta temporada, aproveite a tecnologia para mandar mensagens, ligar ou fazer videochamadas. O especialista argumenta que alguma conexão é melhor do que nenhuma.

Segundo Salinas, além de reduzir o cortisol e estimular o cérebro, a conexão social também aumenta a produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma molécula que incentiva o crescimento e a sobrevivência das células cerebrais e apoia as conexões entre elas.

Procure pessoas com interesses semelhantes
Se você já jogou “The Sims”, sabe que a socialização possui um papel importante para o funcionamento do ser humano, afinal, somos seres sociais. A solidão pode ser tão prejudicial para a saúde do cérebro quanto comportamentos arriscados, como fumar, de acordo com Salinas.

Portanto, se você estiver sozinho nas festas, tente aproveitar a companhia de pessoas que compartilhem interesses com você. Considere participar de um clube do livro, de um grupo de artesanato ou de outra comunidade. Há muitos recursos online que podem ajudar a encontrar grupos com as mesmas paixões que você.

Faça um esforço para manter-se ativo durante as festas
Passar o feriado sozinho não significa ficar parado. Encontre maneiras criativas de se exercitar, como caminhar para fazer compras, subir escadas em vez de usar o elevador e levantar-se da poltrona com frequência para se alongar.

Qualquer coisa que faça o seu corpo se mover já aponta na direção certa, com pontos extras se a atividade elevar a frequência cardíaca o suficiente para dificultar manter uma conversa casual enquanto se exercita.

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