Superávit comercial da China supera US$ 1 trilhão apesar da queda das exportações para os EUA
Dados da Administração Geral das Alfândegas mostram que as exportações chinesas aumentaram 5,9% em novembro
O superávit comercial anual da China ultrapassou pela primeira vez a marca de um trilhão de dólares (5,45 trilhões de reais) em novembro, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (8), apesar da queda expressiva das exportações para os Estados Unidos.
Os dados da Administração Geral das Alfândegas mostram que as exportações chinesas aumentaram 5,9% em novembro, superando as previsões e a projeção de 4% da agência Bloomberg.
Em outubro, as exportações chinesas caíram 1,1% na comparação com o ano anterior, o primeiro dado negativo desde fevereiro.
No mês passado, as exportações para os Estados Unidos despencaram 28,6%, apesar do acordo anunciado em outubro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping para encerrar a guerra comercial.
Leia também
• Dólar cai com chance de Flavio Bolsonaro fora da disputa em 2026; dólar passa por correção de baixa
• Focus: mediana de IPCA 2025 passa de 4,43% para 4,40%, abaixo do teto da meta
• Japão acusa China de atos hostis contra sua aviação militar
Segundo o órgão alfandegário, as vendas para os Estados Unidos atingiram 33,8 bilhões de dólares (184 bilhões de reais) em novembro, uma queda compensada pelo aumento das vendas para o resto do mundo.
"A fragilidade das exportações para os Estados Unidos foi mais do que compensada pelas vendas para outros mercados", escreveu em uma nota Zichun Huang, da Capital Economics.
"As exportações podem continuar resilientes graças à reorientação do comércio e ao aumento da competitividade dos preços, já que a deflação pressiona para baixo a taxa de câmbio real da China", acrescentou.
As vendas externas representam um salva-vidas para a economia chinesa, que enfrenta uma prolongada crise de endividamento no setor imobiliário e um consumo interno fraco.
Por sua vez, as importações chinesas cresceram 1,9% no mês de novembro do ano passado, abaixo dos 3% previstos pela Bloomberg.

