Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
ESTADOS UNIDOS

Trump afirma não ver espaço para novas reduções tarifárias

Declaração foi realizada ontem durante voo, logo após presidente eliminar tarifas recíprocas sobre o Brasil; produtos brasileiros ainda seguem com sobretaxa de 40%

Donald Trump a bordo do Air Force One Donald Trump a bordo do Air Force One  - Foto: Reprodução / Casa Branca

O presidente americano Donald Trump afirmou que novas reduções tarifárias podem não ser necessárias. A declaração foi realizada após o republicano eliminar as tarifas recíprocas sobre o Brasil, de 10%.

— Não acho que será necessário (novas reduções em tarifas). Nós só tivemos um pequeno recuo quando alguns alimentos, como o café, por exemplo, que estava com os preços um pouco altos. Agora, eles vão ficar mais baixos em um período muito curto — afirmou o republicano quando questionado por um repórter se novas reduções de tarifas estariam sendo estudadas.

As declarações foram realizadas a bordo do Air Force One, a aeronave presidencial, num voo entre Washington e a Flórida, onde Trump vai passar o fim de semana.
 

Ontem, o presidente americano eliminou as chamadas tarifas recíprocas para carne bovina, tomate, café, banana, açaí e outros produtos agrícolas. A medida visa diminuir os custos para o consumidor americano, em uma tentativa da Casa Branca de reagir à derrota nas eleições locais do início deste mês.

Foi também um reconhecimento implícito de que a política tarifária de Trump pressionou os preços nos EUA.

No caso do Brasil, as tarifas recíprocas determinadas em abril estão em 10%; em julho foi anunciada uma sobretaxa de 40%. O alívio, nesse caso, será limitado aos 10% de taxas recíprocas.

O Brasil, principal fornecedor de café dos EUA, ficou sujeito a uma tarifa recíproca de 10% — mas, em julho, anunciou uma tarifa “punitiva” de 40%, que entrou em vigor em agosto, deixando os produtos brasileiros sobretaxados em 50%.

Os produtos agrícolas do Brasil que constam do decreto ainda enfrentarão a tarifa adicional de 40%, de acordo com um funcionário da Casa Branca que falou sob condição de anonimato.

Documento divulgado no site da Casa Branca explica que a mudança foi motivada pelo “progresso significativo” feito pelo presidente em acordos bilaterais. Esses acordos, afirma o texto, “tiveram e continuarão a ter amplos impactos na produção nacional e na economia como um todo, incluindo acesso aprimorado a mercados para nossos exportadores agrícolas.”

Veja também

Newsletter