Ter, 09 de Dezembro

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Diplomacia

Trump garante que entregará submarinos nucleares à Austrália

Os submarinos de propulsão nuclear estão no centro da estratégia da Austrália para melhorar suas capacidades de ataque de longo alcance no Pacífico

Primeiro Ministro australiano Anthony Albanese e Donald TrumpPrimeiro Ministro australiano Anthony Albanese e Donald Trump - Foto: Saul Loeb / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta segunda-feira (20), que entregará submarinos nucleares à Austrália e assinou um acordo sobre terras raras com o primeiro-ministro do país, Anthony Albanese, na Casa Branca.

Ambos os líderes se reuniram para fortalecer a cooperação entre Washington e Canberra diante do que consideram uma avanço da influência da China na região.

"A construção de submarinos para a Austrália está realmente avançando", informou o presidente americano ao lado de Albanese, na sala do gabinete da Casa Branca.

"Trabalhamos arduamente nisso e estamos começando esse processo agora mesmo. Está avançando muito rapidamente, muito bem", acrescentou.

O acordo AUKUS, entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, busca conter o crescente poderio militar da China e pode custar a Canberra até 235 bilhões de dólares (R$ 1,26 trilhão,  na cotação atual) nos próximos 30 anos.

Os submarinos de propulsão nuclear estão no centro da estratégia da Austrália para melhorar suas capacidades de ataque de longo alcance no Pacífico.

Washington disse no início deste ano que estava revisando o acordo que envolve pelo menos três submarinos nucleares de ataque da classe Virgínia assinado durante a gestão do ex-presidente Joe Biden, mas Trump prometeu que a Austrália os teria.

Os dois também assinaram um acordo sobre minerais críticos e terras raras, vitais para a fabricação de componentes tecnológicos.

Albanese disse que o acordo levaria a projetos de 8,5 bilhões de dólares (R$ 45,71 bilhões) na Austrália e eleva as relações entre os dois países a "um novo patamar".

O primeiro-ministro australiano falou sobre as importantes reservas de seu país como uma forma de enfraquecer o controle da China sobre os suprimentos globais de terras raras, vitais para produtos de tecnologia.

A Austrália possui lítio, cobalto e manganês, bem como outros metais raros que são indispensáveis em tecnologias, que vão desde semicondutores à indústria de defesa, passando por carros elétricos e turbinas eólicas.

O governo da Austrália anunciou que, em conjunto com os Estados Unidos, cada um poderia investir mais de 1 bilhão de dólares (R$ 5,38 bilhões) nos próximos seis meses, enquanto a Casa Branca estimou o valor em 3 bilhões (R$ 16,13 bilhões) entre os dois países.

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